quinta-feira, 14 de junho de 2012

Entrelinhas



Basta transformar
Algumas palavras
Basta trocar o lugar
E a mensagem ficaria clara.

O tempero secreto
Que se esconde no orgulho
É possível provar,
Mesmo estando oculto.

Porque está presente,
Em todas as letras,
Não só naquelas palavras,
Que, de vez em quando, passa
Da receita pré-determinada


E incrementa sem querer
Pois é difícil se conter

Com tantas opções
Para aumentar o sabor
Enfeitar as porções,
Melhorar o odor.

Estar restringido,
A aprovação do outro,
Com paladar refinado,
Conceitos pré-determinados.

Com gostos específicos,
Sensibilidade aguçada,
Pois uma coisinha errada,
Parece ser suficiente,
Para desagradar o cliente.
Se fosse menos exigente,

E não se importasse,
Com a distância que separa
O doce e o salgado,
E por um momento esquecesse,
Que isso não acaba
Com o sabor, Com o gosto
Ao contrário do que se pensa,
Intensifica-os, com o oposto
Faz uma mistura exótica,
E na boca, juntos, provoca
O encontro que precede a sensação,
O ápice da emoção, de um degustador
Que ao provar a união,
Diz “É maravilhoso está polimerização!
Nunca havia provado algo assim,
Deixa uma impressão boa
De realização, que foram feitos para este afim.”

Basta analisar,
Qual o melhor tempero de todos?
Mesmo os mais desenvolvidos,
Diriam “Amor pelo que faz, eis o segredo dos pratos principais.”

Daquele que se dedica
Por tempo indeterminado,
Encontrar a receita perfeita,
Para o coração insaciado.

Que, talvez, ainda não percebeu,
Que o mestre cuca é só seu

A única cliente por quem ele ainda tem
Vontade de agradar e bajular
e receio de não conseguir,
E assim ela partir, para outro lugar,
E de tudo ficar como na primeira linha.
Somente entrelinhas.

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