Ó graciosa flor,
Que enfeita o jardim.
Por quê se escondes de mim?
És bela enquanto respirar,
E nada faria eu,
Que possa lhe machucar.
Quando a observo,
Tudo que mais quero,
É apreciar seu singelo
Seu brilho, sua forma
Sua cor, Sua hora.
O perfume que transborda,
Os olhos que chora,
Quando finalmente consegue,
Além de tudo isso fazer,
Sentir-te ó majestosa.
Espaço e tempo,
Parecem não existir.
Incandescente sensação
Que tudo está a unir.
E consigo me leva,
Neste exato momento,
Ao néctar da vida,
Convida-me ó querida
A participar desta maravilha.
Excedo-me e encosto em ti,
Como és hábil e fragil,
Logo se fecha sem fingir.
Encerra lentamente,
Aos poucos e devagar,
Como se estivesse a cair,
Em um sono profundo para se guardar.
Dormes agora, ó querida.
Permanece, ainda, com sua beleza.
Por culpa de um toque sem querer,
estáis agora a se proteger.
Escondida em si mesma,
Nada pode feri-la.
Só com tempo, algum dia
Irá florir gradativamente,
Esperarei paciente
Para admira-la novamente.
E dessa vez me certificarei,
Que além de mim mais ninguém,
Irá se aproximar e ti inibir,
Pois o meu desejo é te defender,
Para que esteja, sempre, a resplandecer.
Como outrora era e és.
E no futuro, voltará a ser.
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