O Antonimo Mora Ao Lado

A inocência em sua alma reside,
Mesmo Vivendo cercado de imundice,
Lá dentro há um alguém desconhecido,
Que aparece de súbito, surpreendido.

Ingenuidade na forma que age,
Se diverte com a simplicidade,
Quando altera-se, transforma em outro
Capaz de qualquer crueldade.

Delicado, estabanado, sem controle,
Brinca feito uma legitima criança,
Quem provoca sua ira adormecida,
Assusta-se com tamanha discrepância.

Desconhece a energia que possui,
Enquanto a ignorância lhe conduz.
Até o passado aparecer, de repente
E enfim acordar o ser delinquente

Encanta-se com quem lhe ajuda
Protegendo-o a qualquer custa,
O ser amado que acolhe sua loucura
Enquanto outros repreendem sua postura.

A calma e passividade que transmitem,
Escondem sem querer com maestria
Que muitos tremem, se apenas vissem.
Sua identidade sanguinária e doentia.

Embora tenham perda de memória,
E sejam dispersados facilmente,
Todos sabem, ao certo, o que faz,
Sua insanidade despertar instantaneamente.

Traumas vividos desde a infância,
Violência contra sua própria pessoa,
Basta um elemento provocar a lembrança
Que acionam o estado latente de vingança,

Por aqueles que causaram seu sofrimento.
Mudando de humor em um momento,
Agindo impulsivamente como um instinto,
Saciando todo seu ódio reprimido.

Quanto maior a altura, maior a queda.
Quanto melhor for um lado, pior é o oposto.
Qual é a sua criptonita vermelha?
O que é, o que é, que lhe torna furioso?

É preferível um bonzinho virar criminoso?
Ou um ser maligno, voltar glorioso?

A origem da sua personalidade,
Está de que lado na realidade?
Os dois existem e fazem parte,
De cada alma, em toda a humanidade.