domingo, 29 de agosto de 2010

Vitrine ambulante



É isso que deve ser os olhos de uma pessoa que esta, constantemente, procurando  beleza nas pessoas que os cercam(em salas de aula, na ruas, shoppings, trens, onibûs e em todos os lugares onde hajam pessoas). Quase sempre estão atentos á um "rabo de saia" ou "um cara sarado sem camisa", pensando o que eles fariam com esta pessoa. Mas isto é bem óbvio. Estão imaginando como seria estar se relacionando(no caso, trocando beijos e amassos) com ela ou fazendo sexo(o que já é grau mais elevado de relação) consciente ou não.  Podemos perceber isso quando chamam as pessoas de "gostoso" ou "gostosa" como se fossem uma comida que já foi provada, e certamente já foram, em seu cérebro, em sua fantasia. Além disso, comentam ou discutem com os amigos sobre a beleza delas(pessoas) como se fossem produtos: quando são consideradas bélas( de acordo com o padrão de beleza que determinam ser a regra geral) a idealização aumenta, quando estão muito fora do padrão são tachadas de feias, e são ridicuralizadas recebendo adjetivos pejorativos.

Beleza: 1. qualidade do que é belo.

Belo: 2. agradável aos sentidos.

Bonito: 1. possuidor de beleza, agradável aos olhos.

Lindo: 1. bonito, belo, que tem beleza.

Como podem ver, a definição deles, está relacionado ao que é agradável aos sentidos, mais precisamente, aos olhos, o que nos leva a pensar... Se a pessoa só sente prazer/atração pela beleza, o que aconteceria se elas não tivessem a visão? Provavelmente, aquelas que perderam depois de passar pelo processo acima, se apegariam as lembraças/recordações do que já viu para satisfazer-se, mas e se elas já nascessem sem ela ?
Bem, esta eu não sei responder. Contudo, o que sabemos é que existem milhares de pessoas, com milhares de gosto diferentes, que pensam de formas diferentes, que passaram por experiências diferentes das quais nem se quer podemos imaginar, e, acreditar que todas elas tem os mesmos olhos em comum, é ignorancia em relação a vida, ou de pessoas que se acham donos da razão e que se consideram como a beleza em pessoa, que se olham no espelho, e caíem no abismo de seus olhos, criando a doce ilusão de que são perfeitas.

"O essencial é Invisível aos Olhos" - Antoine de Saint-Exupéry

domingo, 22 de agosto de 2010

Por trás das histórias...



Hoje existe uma quantidade enorme de histórias, em diferentes estilos, como: livros, revistas, gibis, jornais, séries de tv, filmes, novelas, peças de teatro, músicas, poemas. Histórias que nos entretem dia a dia, que nos permite sair da nossa realidade e instiga nossa imaginação, permitindo assim vivenciá-las em sonhos, seja dormindo ou acordado.

Estão constantemente no nósso cotidiano, estão constantemente em nossos pensamentos - mesmo que não percebamos -, quando você faz planos para o futuro, estará criando uma história que só dependerá de você para se concretizar; quando você pensa no passado, está lembrando de fatos que, consequentemente, fazem parte de SUA história.

E o que elas têm de tão importante? Vejamos: conforme você experiência coisas novas, você aprende algo, certo? Principalmente se tal experiência te fez sofrer. Um exemplo: até chegar o dia que você levou choque na tomada, você certamente duvidava se era perigoso ou não botar o dedo nela e com a experiência você confirmou que sim, é perigoso(parece até um fundamento científico). Caso ainda não tenha sido claro, você provavelmente já deve ter feito algo errado quando criança e que recebeu uma punição(um castigo ou uma surra) e que fez você parar de fazer isso ou - ao menos - te convenceu que era errado(daí, cabe a você fazê-lo novamente ou não, já que algumas pessoas gostam de fazer o que é errado ou proibído). Então a experiência tem seu valor nisso, na capacidade de nos ensinar algo em nossa vida; e, experiências que você vivenciou, fazem parte da sua história. Podemos concluir então que, nossa história ensina-nos algo, que a HISTÓRIA ensina algo, e é ai que está o X da questão. Todas essas histórias, fictícias ou não, são capazes de mostrar algo que nos faça refletir, por mais direta ou indireta que sejam, todas elas possuí uma cena ou fala que nos agrege valores, que nos ensine ou traga nosso passado à tona e combinando as duas, você tira uma conclusão, uma lição.

Mas, quem disse que as pessoas veem isto? Elas bloqueiam, não permitem extrair da história outra coisa, a não ser, a história em si. Por serem fictícias, não são levadas a sério, também não deveriam, mas, ignorar tudo nela, simplesmente por isso, é limitar-se ao seu egoísmo. Por quê egoísmo? porque só vão aprender algo quando vivenciarem, porque enquanto não acontecer nada com ela que as leve a esta compreensão, é como  se não existisse ou não tivessem que se importar, e isso está relacionado também a questão da experiência.

Histórias que nos permitem aprender, sem que seja necessário vivenciar, apenas refletindo sobre o que ela demonstra; é isso o que elas têm a nos dar de melhor, o sentido no qual menos relevância tem para as pessoas, que procuram apenas abastecer-se de fantasias e palavras para preencherem o "vazio" dos dias ou que leem/assistem/ouvem por obrigação ou necessidade.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O preço de ser diferente...

 Passeando pela net, encontrei este trecho de algum forúm, e que vale a pena refletir sobre.


"Quanto mais estudo, mais leio, mais tento entender a existência, mais me complico, mais me frustro e mais me entristeço. Pq pessoas que partilham do senso comum são mais felizes? by RAC

Eu não diria com tanta segurança que as pessoas, de uma maneira geral, andam felizes. Vejo por aí muito mais um "desejo de felicidade" do que propriamente felicidade. Penso, como diz Lipovestsky, que estamos na "era do vazio" e que as pessoas procuram inconscientemente se auto-afirmar, isto é, aparentar um estado de felicidade que me parece muito suspeito. E os livros de auto-ajuda estão aí, vendendo mais do que nunca. Nem sempre estar no senso comum é um mar de rosas. Conheço algumas pessoas insatisfeitas e infelizes que, na minha opinião, ficariam muito melhores se saíssem do senso comum. Por que digo isso? Porque a causa do sofrimento dessas pessoas - ainda que elas não o saibam - se deve justamente ao fato delas tentarem desesperadamente se enquadrar em normas do senso comum, o que gera uma grande ansiedade. Por exemplo: imagine um rapaz pobre que, seguindo o senso comum, e tal como Ménon (protagonista do diálogo "Ménon", de Platão), acreditasse que virtuoso é o homem que possui riquezas (isso parece ter algo de comum com a nossa contemporaneidade, não?). Certamente que esse rapaz, aceitando este princípio social mas sendo desprovido de riquezas, sentiria-se extremamente diminuído, desconfortável. Não seria, então, muito melhor para ele transcender o senso comum e descobrir que, na verdade, o valor de um homem não pode ser medido por suas riquezas?
    É evidente que quem supera o senso comum enfrenta inúmeras adversidades - preconceito social, a falta de compreensão das pessoas, impopularidade etc. E a força social do senso comum é tão forte, que "ele" acaba incutindo culpas, dúvidas, crises, neuras, temores naqueles que estão "do outro lado". Certamente você já deve ter passado pela situação de pensar "será que estou realmente certa de ser assim? Será que não seria melhor ser como todo mundo?". A autoconfiança inabalável de Sócrates, impopular em Atenas justamente por questionar as idéias preconcebidas, nos serve mais uma vez de exemplo. Sócrates foi literalmente colocado num tribunal, acusado e condenado, e mesmo assim manteve-se tranquilo de que tinha razão. Nós não temos toda essa serenidade, e nos deixamos abater. Talvez porque abandonemos o senso comum mantendo um pezinho nele. Talvez porque tenhamos abandonado aquela caverna platônica na qual estivemos durante toda a vida, mas nossos olhos ainda não estejam adaptados à luz do sol. Acredito que sua frustração está muito mais relacionada ao fato de que você ainda se deixa abater pelos preceitos e cobranças do senso comum (mesmo que um lado seu já tenha descoberto que esses preceitos são ilógicos), do que ao fato de você estar cada vez mais se afastando deste senso comum. Veja, Sócrates se dizia um maiêutico, um parteiro da verdade, e partos são doloridos, não? O processo de saída do senso comum não é fácil, e ele pode durar anos até se realizar por inteiro. E aí o que eu te recomendo é não apenas ler mais e procurar entender mais - o que você visivelmente já faz -, mas sim adquirir convicção do seu valor como ser humano, do valor das suas idéias e dos caminhos que você escolheu na vida. Vou dar um exemplo extraído da minha própria experiência: de nada adianta eu saber que "estudar filosofia não é coisa de louco", mas sentir-me abatido quando alguém - ligado ao senso comum - afirmar que "filosofia é coisa de louco". Fica parecendo aquela coisa do duplipensar orwelliano: liberdade é escravidão, guerra é paz, ignorância é força. Tenho de ver a opinião "filosofia é coisa de louco" como ela realmente é: uma tolice que, como tal, não deve me trazer grandes incômodos. Sair do senso comum tem de ser também um exercício de construção da sua estima.

by rafaissa"

Sair do senso comum, do padrão estabelicido pela sociedade sem preoculpar-se com que os outros pensam, é um exercício e tanto, e aqueles que possuíem esta virtude certamente são mais felizes, pois o que nos faz triste, é a capacidade limitada de respeito - seja lá o que for -, dos outros.

"Felizes são os loucos...que vivem pouco...mas vivem como querem" Rei bob

"Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo." Luis Fernando Veríssimo

"Só os peixes mortos nadam a favor da correnteza"

sábado, 14 de agosto de 2010

Exagero nas palavras



É muito comum os exageros das palavras, algo que não é dado importância, e por isso perdi-se o seu significado. Talvez desconhecam o verdadeiro significado, o que torna a expressão sem um verdadeiro sentido, sem valor.

Possuímos uma variedades de palavras para descrever algo ou alguém, para nos expressar com mais precisão, e que não são ultilizadas.

               Ódio:1. aversão; rancor; desejo de ruína ou desgraça alheia


"Odeio isso, odeio aquilo...", isso é o que mais escuto, sendo que, o significado de ódio é tão mais forte, do que ela realmente quer dizer. Seria algo insuportável, de repulsão máxima, á ponto de querer o mau de tal elemento. Mas na verdade a pessoa quer dizer apenas que: "não gosta", "não tolera", "detesta"ou "repudia".

                Anjo: 1.criatura celestial puramente espiritual que 
                atua como mensageiro entre Deus e os homens.
                2.pessoa de grande bondade, virtude e inocência.


"Oi! meu anjo...","Anjinhooô...", a pessoa tenta ser gentil, apelidando uma pessoa com este adjetivo; a possibilidade de alguém se encaixar em sua definição é miníma, visto que, adultos raramente demonstram inocência e são inocentes. Poderiam até chamar uma criança assim, mas usar esta palavra para definir alguém(maior) é tira-la do seu verdadeiro significado.

                   Amor: sentimento de gostar muito de outra pessoa ou coisa, 
                   de forma a querer e fazer o bem para essa pessoa, 
                   ser vivente ou mesmo coisa.



Como podem ver, para amar um ser não é necessário estar com ele, diferente do desejo que muitas pessoas(geralmente garotas ou mulheres) tem de "Encontrar o amor da sua vida", ou de denominar alguém que acaba-se de conhecer, somente para dizer que é "romântico", "que possui sentimentos"(isso para os rapazes), e para as garotas isso soa como: "Ele é romântico", "Eu sou um amor?*-*". Bem supérfluo.

Além das palavras, existem as frases exageradas(ou hipérboles). Á quem goste e á quem não goste. Algumas são convenientes: "tenho que chegar em casa logo, se não minha esposa vai me matar", outros são - de certo módo - mentira. "Eu não vivo sem PC", "Eu não vivo sem internet", "Eu não vivo sem meus amigos", "Eu não sou nada sem você", "Minha vida é você". A maioria(como percebe-se) é relacionado a vida, garanto a estas pessoa que poderam - sim - viver sem tais coisas ou pessoas, só não garanto se seriam felizes.

Evoluir é necessário


Parece até desenho animado dizendo assim, mas, se observamos, podemos nos comparar a eles. Quando exercitamos o nosso corpo(treinamos), mudanças ocorrem, fisicamente(músculos mais rígidos e maiores) e psicologicamente(sóbe a auto-estima, orgulho da aparência que obteve) o que é certamente muito bom para a saúde, bem-estar, e égo( quando o objetivo é superar outras pessoas). Mas este não é o único pilar da evolução, ou então ficariamos bem de saúde, e sem conhecimento algum.

Também temos de "malhar" o nosso cérebro(e isso me lembra "academia de letras"), lendo, estudando, tudo que possa ser de seu interesse, assim você se tornará uma pessoa culta, com conhecimento diversos, esperta, pronta para o mercado de trabalho da área escolhida. Acabou? Não, o último pilar, e o qual a maioria esquece, é a moral; do que adianta ter todo esse físico e essa inteligência trabalhada, e não ter respeito com os outros? A maioria só aprende este, através da experiência, pois enquanto não acontece com elas uma determinada coisa, é como se não tivesse que se preoculpar. O que custa ajudar os outros? respeitá-los? paciência, tolerância, algo que parece que a maioria não tem(não o suficiente), enquanto não compreenderem a dor do outro, vão humilha-lo, rir da cara dele, até que a moeda vire, o que eles fariam se estivessem na mesma situação miserável? constrangedora? eles não se veem da mesma maneira que a pessoa, pois seu égo só lhes permite pensar em si mesmos. Este pilar é o mais difícil de trabalhar, pois é necessário que você reveja todas as suas ações diárias afim de melhorar algo em relação à você, algo que só é feito minutos antes de adormecer na cama, e assim, tudo é esquecido, tornando a repetir o erro tantas vezes for necessário, até que se aprenda, ou não.

Este é o mais difícil, o mais esquecido, e o mais importante... imagine uma vida na qual você não ligue para quais quer adjetivos negativos que receba, na qual você não brigue com ninguém, na qual você ajude os outros e - quando necessário - é ajudado, na qual você não se importa com o que as pessoas pensem de você, mas você se importa com elas,pois o bem-estar delas te faz bem, e imagine que todos fossem assim; a menos que você seja a favor da violência(qualquer tipo), você irá achar ruim, a menos que sua vida se baseie em prazeres materiais(ficar com aquela pessoa que deseja somente para satisfazer suas fantasias, comprar coisas da mesma maneira, e assim sempre terá algo novo que irá querer comprar) você achará monótono(e quando envelhecer vai perceber que nada será levado, e ninguém estará ao seu lado, isso SE envelhecer.)

Depois desse texto(no qual ainda não pude explicar tudo), o quê você acha da sua vida? Você gosta dos altos e baixos que ela tem? Você gosta de rir da dor dos outros? Em qual pilar está o problema?

Essas frases resume tudo: "Evoluir de modo geral é essencial, se não, haverá um desequilibrío em sua vida", e "Não faça aos outros, o que não quer para si mesmo" - Jesus.

Você fala pouco...


Eis o que dizem sobre mim, seria devido a minha timidez? ou minha antipatia pela pessoa ou assunto? Uma mistura de tudo talvez, e nem sequer pensam nisso. Falar de coisas fúteis é que deve ser legal, se fossemos falar de coisas úteis apenas, não haveria graça. Mas, fútil depende do ponto de vista, há quem goste de falar sobre os outros e isto inclui suas vidas pessoais, algo em que caímos constantemente, seja falando de celebridades ou dos vizinhos; basta a pessoa(ou sua vida) despertar interesse em alguém que logo estará em sua boca. Não, eu não considero errado, com tanto que a elogie ou faça uma crítica, ou até uma brincadeira, mas o que ouço(e o que a maioria fala) não é bem isto. Elas gostam de dizer o quanto uma pessoa é bonita(sem ao menos conhece-la), ou o quanto uma pessoa é feia (isso de acordo com o padrão que ela determinou, e considera que todos pensem da mesma forma) o problema: todos iram pensar da mesma forma, mas, por quê?

A sociedades impõe isto, direto e indiretamente; tvs, colegas, amigos, familiares. Gostaria eu de saber, se uma criança que nunca ouviu alguém dizer que as pessoas são feias ou bonitas, saberia destinguir? Se destinguimos, é porque comparamos com algo ou alguém, ou com alguma ideia. Tudo bem, não é só isto que elas falam sobre as outras, comentam suas vidas, seus módos, seus talentos, suas falhas(entenda "falhas", como algo considerado errado também por elas), e de alguma forma - quando comentam - parecem estar com a razão. Um assunto que talvez não tenha fim - claro, se a pessoa souber da vida dos outros, o que certamente é uma informação valiosa, para rirem, chorarem, ou simplesmente encadiar um novo assunto, muito útil, não? Criticar os outros em sua ausência é divertido, dizer a ela isto é raro(pois pode causar confusões, ou fazer com que ela enxergue isto). Elogiar os outros é pouco comum, elogiar em sua presença é mais incomum ainda, a maioria das vezes acontece em ocasiões especiais(uma apresentação, aniverssário) vindo de brinde - talvez - o cinísmo junto com a hipocrisia.

Termino então com estas frases: "Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado" - trecho de "O menestrel" Shakespeare, e "Falar sem parar, não significa necessariamente se comunicar" - dito no filme "Brilho eterno de uma mente sem lembranças"

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