Reflexões, contos, poemas, frases. Baboseiras filosóficas, fantasiosas, rimadas e por aí vai.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Mãos Dadas
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Mérito Suprimido
domingo, 21 de outubro de 2012
Violão, sem noção
sábado, 20 de outubro de 2012
Desenterrando Traumas
O Fóssil
Trauma.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
O Jogo Da Timidez
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Primeiros Passos
domingo, 14 de outubro de 2012
Poção de Encantamento
sábado, 13 de outubro de 2012
Beijo-Escondido
O Segundo Encantamento
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Conjure!–Parte 3
Diferente dos livros de história da escola, não foi á força que tal ideologia se instalara. Fora através de seus conhecimentos sobre essa arte desconhecida que os habitantes de Caim passaram a mudar, e com isso afetar o rei. A invasão, supostamente dita, era porque ninguém deveria entrar ou sair dali sem a devida permissão. Assim que os guerreiros mostraram do que o “Dom da Palavra” era capaz, muitos o acolheram. Houve um ou outro que não se absteve com o primeiro ato, mas antes que chegassem ao segundo, já haviam conquistado a todos com os serviços prestados. Quando revelaram aos cidadãos que todos poderiam aprender os milagres que faziam, a maioria ficou excitada e agitada.
Aos trancos e solavancos, ensinavam tudo que sabiam aos curiosos. Dentro de poucos dias, a cidade toda havia mudado. Aquele cotidiano habitual, de trabalhadores exaustos de tanto trabalhar e desiludidos com a vida, transformara-se num cenário mágico. Qualquer problema com comida, agua e saúde, eram resolvidos facilmente. A paz e harmonia tomava conta daquela gente que vivia desanimada. E claro, por mais que os soberanos não se importassem com a plebe, uma transformação drásticas daquela era evidentemente notável.
Foi quando o Rei tomou conhecimento do motim.
O Primeiro Encantamento
E dali um raio partiu,
Com objetivo certo e bem definido
Vagou pelas profundezas do abismo,
Tão veloz, pois sua vida estava perigo.
Em questão de segundos morreria,
Ainda sim, a esperança mantinha.
Disputando entre milhares de feixes de luz,
A procura da salvação que os conduz,
A magnifica metamorfose da vida.
A serpente que perfura a esfera,
Dando inicio ao processo químico,
A junção de dois seres distintos,
Em um único, esplendido, veículo.
Multiplicando infinitamente
Mantendo sempre a essência
Formando desde microscopicamente
Os elementos de sua existência.
Mais uma alquimia da natureza
A Mestra de toda essa beleza,
Que faz nascer de dentro da mulher
Um corpo repleto de pureza.
Tornando a mãe,
Uma verdadeira feiticeira,
E seu filho legítimo,
Herdeiro deste título.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Conjure! - Parte 2
- Eu não estou ficando... eu estou louca. - assentiu. Engolindo em seco.
- É mais bonita do que eu pensei. - o gato falou.
- O gato esta falando!, pensou a menina.
Desmaiou.
Era um belo dia de outono, transpirando paz e renovação na floresta de Erwim. As árvores despejavam suas adoráveis folhas velhas ao chão, o vento se encarregava de sopra-las para longe, muito longe. Erguendo o manto de vidas que se extinguem para dar a espaço a nova geração da natureza. Teriam cada folha uma essência própria? E, por mais idênticas que fossem, únicas? Tão macias e generosas, acolhem os pingos da chuva para que não se espatifem no chão. Amortecendo a queda. Deslizando entre dezenas de veias verdes, legítimos colchões florestais. Algumas até repousam no leito da existência, antes de entrarem novamente no círculo infinito.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Conjure! - Parte 1
O celular vibrou produzindo solos de guitarra ferozes e rápidos. Os arpejos bem elaborados, a velocidade com que as notas eram atingidas do agudo ao grave, depois, o acabamento final, voltando até o final do braço pressionando todas as casas entre as três cordas de baixo.
A garota despertou.
Desligou o despertador. Relutando muito, virando de um lado ao outro, feito um gato se esticando depois de uma deliciosa soneca, até sair de sua cama. Ainda sobre o efeito do sono, com a visão um pouco borrada de remela que se acumulara durante a noite, arriscou dar um passo. Deveria ter notado o estranho peso de seu membro inferior antes de tal façanha. A perna dobrou-se quase levando-a ao chão.
- Ai!
sábado, 6 de outubro de 2012
Espelhos & Reflexos
Um espelho na crepita escuridão,
A luz da noite e do dia, imagina
É quem da vida a essa mágica imensidão.
Quem diria -- que muda -- a reflexão,
Distorcendo a real imagem da vida,
Mostrando uma mentira exibida.
Mas há também a própria visão,
Que age muito semelhante a isto,
Pois não enxerga na escuridão.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Marcas
"- Engole a dor, engole a dor."
Que gosto salgado! A dor tem gosto de sal, sabia?
Semelhante ao mar, só que mais leve.
Dele colocamos no saleiro pra temperar,
tempero a gosto, temperamento azedo.
Mas porque mereço essa desonra?
Alguns minutos de atraso, uma brincadeira, divertimento.
Pago, agora, com este sofrimento. - lá se foi o belo dia.
Lá se foi a doçura, lá se foi a honra,
Lá se foi a coragem, e veio o medo.
Convidado de sempre, de sempre
Da infância, da criança, do adolescente,
Do adulto que virou intolerante, exigente.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Segredo
Disparava-se, continuamente, pelas vielas do subúrbio. Pedaços de rua que entrecortavam os quarteirões permitindo observar as entranhas de uma cidade decadente. O céu noturno repleto de manchas - sem brilhos, com exceção, apenas, daquele buraco luminoso e vibrante - seguia o rapaz, iluminando seu sobretudo preto. Ele apertava o passo e girava outra esquina. A lua o perdera de foco, nada que em poucos segundos, outra virada para uma rua decente, não resolvesse. Com passos largos, mãos entre os bolsos, o homenzarrão caminhava firmemente pelos caminhos estreitos. O pensamento distante, repetindo-se constantemente em sua cabeça para não ser esquecido; não poderia. Seria uma imprudência tamanha esquecer-se de tais palavras, de tais afirmações…