domingo, 27 de março de 2011

Paródia de Conscientização...

Na oitava série, criamos uma peça de teatro e um coral com o tema "Aquecimento Global", acho válido conferir a paródia produzida por Alexandre, Édson, Janison, Maria Lidiane, Wallas, e outros que não me lembro mas que contribuiriam para fazê-la.

Tranformação


Transformação, é isso que o povo quer...
Um alívio pra nossa nação, não de chance a poluição
 Preciso sair dessa, dessa de destruição
 Pois quem só que me fazer o bem, não faz mau para nossa nação
 É tão ruim, quando penso em nossa gente
 Que a camada de ozônio
 um dia pode acabar.
 Dói demais, só quem sofre, sabe sente.
 O que será da nossa gente, se um dia ela acabar?
 Sempre mais, poluição aumentará
 Sempre mais, doenças vão se agravar...
 Ou será, que vai sobrar mais um pouquinho
 Se não for, planeta terra explodirá
 Mas o calor.... as vezes só machuca a gente
 Não sei... sem a camada o que será da gente
 O calor... as vezes só machuca a agente
 Não sei... sem a camada o que será da gente.
 Transformação...

Música original: Coração - Rapazzola, Caso queiram conferir...


quinta-feira, 24 de março de 2011

Fantasy of Love - O Encontro(parte 1)

Cristina e sua amiga esperavam ser atendidas em sua respectiva mesa do restaurante. Como de costume, escolhiam sempre o mesmo prato, então não era necessário olhar o menu pois já eram consideradas clientes da casa e tinha os seus pedidos gravados.

Desde que entraram no restaurante Amy havia reparado que havia um homem elegante, sozinho, próximo a mesa delas. Assim que chegou o almoço trataram logo de comer, sem cerimônias.

- Cris, olha só que lindo! - Amy dizia de boca cheia. Não tinha muita ética, e nem mesmo educação.

- Quem? - Enquanto isso Cristina mordia a perna de frango, segurando-o com mão e arrancando um pedaço. Também não tinha muita educação...

- Cris, credo! Da pra pelo menos comer direito, vai fazer eu passar vergonha! - deu um suspiro de raiva. - As vezes esqueço que você não liga para o que as pessoas pensam e faz o que bem entende, mas nem todos são assim!

- Ah! Deixe de ser chata!

- Chata eu? Veja só quem esta comendo como pedreiro...

- E que mau tem nisso? Estou com fome, agora vou ficar judiando de minha barriga que ronca, enquanto tento cortar um pedaço com esses talheres que mau cortam uma salada!

- Você as vezes chega a me assustar com isso... deve ser por isso que você é...

- Gorda? Fofinha? Não ligo, enquanto eu tiver numa medida que não prejudique minha saúde, pra mim pouco me importa.

- Está bem, esta bem... mas você já reparou no cara que tá do nosso lado? Não seria bom emagrecer pra impressiona-lo?

- Não quero impressionar ninguém, Amy... Estou bem assim...

- Credo! Vai morrer encalhada assim... olha lá o moço, coitado... deve ter levado um bolo, estar morrendo de raiva e ainda tem que ficar sem companhia... me dá uma pena...

- Por quê você não vai lá?

- Olha, se você continuar assim eu vou mesmo!

- Mas é melhor correr, antes que eu comece a devorar esse milho e você se estresse de novo...

Amy levantou-se com cara de cética pela atitude da amiga, deixou a bolsa e foi até o banheiro para arrumar o cabelo e voltar "com tudo"(como dizia ela), e ir na mesa do senhor abandonado. Zack ouvira quase toda a conversa, não estava esperando ninguém e comia devagar porque sua atenção estava no que elas estavam dizendo. Quando ouviu que a amiga de Cris iria ir até a mesa,  disse para si mesmo que não haveria oportunidade melhor que essa.

Quando Amy saiu Zack ainda a esperava. Ela dirigiu-se até a mesa do rapaz, sentou-se e com toda a cara-de-pau perguntou.

- Por acaso este lugar estava reservado? Agora não estará mais, pois a sua companhia chegou.

Internamente Zack ria. - " Além de ser muito bonita é ousada. Me pergunto quantos caras já lhe deram um fora... pra eles deve ser quase irresistível". Mas seu alvo já era bem definido havia tempos.

- Você tem razão, e eu estava esperando você.

Amy só não deu um pulo de alegria, porque isso atrairia a atenção de todo mundo e poderia espantar o rapaz, porém sabia que era improvável o que ele tinha dito, então supôs que era uma nova cantada que ela ainda não tinha presenciado.

- Me esperando? Vai me dizer que você não levou um bolo, nem nada... veio aqui e ficou aguardando todo esse tempo, esperando que eu viesse aqui falar com você?! Pra um cara elegante como você, mentira não parece ser seu forte. - estava tentando intimida-lo, domar a presa antes que o oposto acontecesse.

- Nem uma coisa, nem outra. Eu tenho um encontro marcado, mas não definimos o horário, nem o local. E a pessoa também não sabe que teremos este encontro. Você simplesmente encaixou-se nesse perfil! - confundi-la apresentando uma outra perspectiva do que havia dito, isso a faria perder um pouco a marra.

- Quer dizer que há uma mulher por ai que não sabe que irá se encontrar com você? - Procurou alguém que estivesse vindo a mesa, mas todos permaneciam sentados. - Acho que agora ela não terá esse encontro mesmo.

- E eu estou a apreciar muito sua companhia... - Ele se sentia numa espécie de jogo de xadrez: apesar de seu inimigo sacrificar suas peças na esperança de que os capturassem, ele mantinha aguarda e planejava um jogada para dar o xeque-mate. - Mas reparei que você a pouco tempo estava com alguém, seria indelicadeza de minha parte roubar sua atenção, enquanto deixa sua amiga sozinha.

- Pois quer saber? Foi ela quem me pediu para vir até aqui. Estava me fazendo passar vergonha... olhe só, parece um animal faminto devorando sua carnificina. - Agora as peças estavam se movendo do jeito que ele queria.

Enquanto isso Cris comia sem se dar conta de que estavam comentando sobre ela. Ela parecia estar provando do mais delicioso prato tamanho era o prazer que sentia ao engolir o almoço. Era como se ela não comesse havia dias. Sua falta de interesse em como a amiga havia se saído também era um espanto para Amy.

- Que interessante... - Havia jogada Cris para a converssa, esse era o primeiro passo de sua estratégia, que foi completado com sucesso.- Há quanto tempo vocês se conhecem?

- Pouco mais de um ano, mas porque quer saber?

- Nada não, só fiquei curioso. - Ele conhecia Cristina há muito mais tempo que ela. - Poderia chama-la, assim ninguém ficaria sozinho... o que acha? - colocou Amy em "xeque".

- Que foi, não esta gostando de minha companhia? Ela vai ficar bem, não se preocupe. - Mas apesar da ingenuidade do plano de Zack, saiu muito bem dessa enrascada.

Zack agora se via num jogo de cartas. Ainda não era a hora para bota-las na mesa, mas precisava tirar uma da manga o mais rápido possível, pois o tempo ia diminuindo cada vez mais.

- Não. Já disse que sua companhia me é agradável. - Ele havia entregado uma carta que ela tanto queria e também havia evitado insistir recuando seu ataque quase por completo para que ela não suspeitasse de nada

- Onde estávamos mesmo? Ah sim... Sabia que havia reparado em você desde que chegamos?

Ele fingiu engolir em seco, como se fosse uma surpresa. E perguntou como se não tivesse escutado a conversa delas.

- Haviam?

- Que dizer, eu tinha. Minha amiga é meio aérea sabe? Parece não ligar muito pra esse tipo de coisa.

- Está brincando?! Nesse tempo todo que vocês se conhecem, nunca sairam juntas para paquerar ou serem paqueradas? - Ele podia ter exagerado no impressionismo, mas ele sabia que isso daria a entender de que estava gostando do rumo que a conversa estava tomando e do interesse nela. Claro que o intuito dele era saber mais sobre a Cris do que da pessoa que estava em sua frente.

E apesar dela ter se assustado um pouco com a reação dele, ficou empolgada. Caira perfeitamente no jogo psicológico de Zack.

- Você acredita que não? Eu tentei chama-la algumas vezes, mas ela prefere ficar em casa do que sair... Disse que iria morrer encalhada assim e ela deu de ombros... Olha só, além de não sair, come o que bem entende e não se preocupa com a estética, desse jeito ela nunca vai conseguir arranjar um homem.

- E você deve arrumar só homem que não presta - pensou Zack. A beleza da garota deveria ser que nem o cheiro de uma criatura morta para os urubus. Acontece que os urubus tem o corpo grande e a cabeça pequena, o que simbolizaria exatamente os tipo de garotos e homens que se comportam como tal animais; somente pelo extinto. - Você não deveria falar mau dela, é uma bela moça.

- Você só esta sendo gentil.

- Não, é verdade. Acho ela muito bonita, assim como você. - Ele tinha que comentar dela também para não parecer que estava interessado em Cris, ainda não era o momento. - Gostaria de conhece-lá também, acho que poderia lhe apresentar alguém e poderíamos combinar os quatro de sair algum dia. Não seria interessante? - Agora o jogo estava em suas mãos.

- É, a um bom tempo tendo arranjar alguém, mas ela dificilmente gosta de alguém. Não tenho nada a perder.

- Então fazemos assim: me dê seu telefone e agente combina de sair para um lugar mais reservado. - Sabia que pela moça estar interessada, ela aceitaria sua proposta.

- Esta bem. - Ela mau acreditava, considerava que já o tinha fisgado e que havia conquistado mais um grande partido para a sua lista de ficantes. Os dois repassaram os números.

- Mas, se me permite, gostaria de conhece-la um pouco antes de apresentar ao meu amigo, será que poderia conversar com ela a sós um pouco? - Amy sobre o efeito, a alegria que estampava no rosto, dificilmente negaria um pedido dele agora. Pois já havia conseguido o que queria.

- Claro, sem problema. Irei chama-la, espere só um minuto.

Foi até a mesa que Cris estava e a convenceu com relutância a ir até a mesa de Zack. Foi com ela até ele e se despediu.

- Cris, esse é o...

- Zack, encantado em conhece-la - Cumprimentou Cris com um beijo em sua mão. - E até mais Amy, te ligo assim que tiver um tempo.

Amy estranhou, mas ele se despediria de Amy da mesma forma para ela entender que além de educado também era cavalheiro. O gesto a deixou sem palavras.

- Te encontro lá na loja Cris, beijos para os dois e até mais tarde.

Finalmente Zack estava frente a frente com sua escolhida, apenas como pessoas normais que acabaram de se encontrar.





Fantasy of Love - Capítulo 5: O encontro(parte 1)



domingo, 6 de março de 2011

Fantasy of Love - Aparência

Ela estava aliviada. Já faziam três dias que mais nenhum bilhete ou surpresas haviam sido entregues a ela.

Ele estava satisfeito. Sabendo que sua escolhida deveria estar se sentindo melhor e esquecido por completo de como ele era fisicamente, assim como as amigas dela também. Os óculos, o chapéu e o casaco haviam escondido parcialmente sua identidade e dado uma personalidade singular para o moço que elas conheceram.

Agora, sem esses apetrechos, ele aparentava ser muito mais jovem. Tinham um rosto escultural com um maxilar largo que pendia sobre um corpo esbelto, resultado de alguns meses que ele havia frequentado a academia e que mantia com exercícios físicos regulares. Seus olhos eram um pouco profundos e castanhos; parecia que ele fazia suas sobrancelhas pois não havia falhas; lábios semi-carnudos; o nariz, não era grande, nem pequeno, na medida perfeita. O cabelo escuro reluzia pela quantidade de gel que ele tinha de usar para deixá-lo pra trás com uma pequena mecha na frente caindo sobre a face. Ele evitava ficar admirando-se ou orgulhoso de sua aparência.

- Coisas do ego. Sou assim porque me sinto bem desse jeito, e não para agradar aos outros. Não é por causa disso que vou me achar melhor do que os magros ou os gordos. Boa aparência não existe, isso é apenas o modo como a sociedade vê as pessoas para sentirem-se melhores que as outras. Quase ninguém enxerga isso, alguns vivem dentro de seus mundos, outros vivem dentro do mundo de suas familias ou amigos, de sua cidade, de seu estados ou de seu país. Mas poucos são aqueles que vivem com a visão ampliada para o mundo inteiro e até para fora dele. Qualquer um que compare sua situação e seu físico com gente de todos os lugares do mundo, ira perceber o quão diferente somos um do outro, e não é porque existem aqueles que criaram um físico desejado pela maioria, que eles devem ser usados para comparar os outros. Se não existir um padrão para comparar, não existe comparação. Assim eles aceitariam todos e ninguém seria pré julgado pela aparência. Não haveria preconceitos."

Ele conhecia muito bem as regras, os limites e as condições - invisíveis - que existem dentro das mentes humanas que são criadas pela mídia. E por mais que ele soubesse que a beleza era muito mais além do que um amontoado de roupas e corpo, ele tinha de se vestir "bem" para a ocasião a seguir. Precisava causar uma boa impressão caso ela fosse esse tipo de pessoa, mas ele também faria um teste com ela sobre isso.

As 12:30 ele saiu de casa vestido com metade do terno. A blusa pendia sobre o ombro, a camisa social sem gravata e a calça de veludo. Olhou para o relógio pratiado.

- Está cedo. Talvez eu devesse comprar uma lembrançinha  para ela.

E foi assim que Zack saiu, naquele dia nublado, rumo ao primeiro encontro com Cristina, que nesse momento, acabara de vender um tênis e estava se preparando para o almoço.

- Amiga, anda! Nós estamos perdendo tempo, é capaz que agente nem consiga um lugar. - Amy tentava arrastar Cristina enquanto ela queria conseguir mais um cliente antes de sair.

- Espera, só mais um e agente vai. Eu prometo...

- Não, você vai comigo agora, Cris! Ainda temos que retocar a maquiagem. Eu não quero sair parecida feito bruxa! E acho que nem você, então pare de choramingar e venha!

- Mas eu quase não uso maquiagem! - 

-Então me acompanha só.

Cristina cedeu as reclamações de sua colega e foi com Amy até o vestiário. Enquanto ela abria seu estojo de cosméticos, Cris se encarava no espelho dizendo pra si mesmo que estava pronta.

- Como assim você não usa maquiagem?

- Não gosto e acho desnecessário,

- Ah! minha filha, você diz isso porque você fica bonita mesmo sem. Mas garanto que poderia corrigir umas coisinhas ainda.

Nisso Amy tinha razão. Cristina possuía uma beleza natural. Ruiva, e com cabelo de dar inveja a muitas garotas, ela esbanjava sensualidade. Os olhos verdes, o rosto liso e cheio de curvas suaves que acabavam num queixo fino, davam a ela uma característica de garota misteriosa. O boca era larga e tinha o lábio superior fino comparado com o de baixo. O nariz pequeno dava a impressão de que suas bochechas eram grandes. Ela não fazia a sobrancelha e nem puxava os cílios, que em vez de deixar ela com aparência de rapaz, mantinha a beleza dela mística. Ela não ligava muito para seu corpo, tinha barriga e era um pouco mais gorda que suas colegas. Apesar disso atraia muito a atenção dos homens, pois mesmo não tendo um corpo de modelo, tinha atributos que eram muito valorizados por eles.

Ela encarou sua amiga, que estava passando batom.

- Corrigir? Maquiagem deveria ser usada somente para realçar...

- Falou a beleza em pessoa, agora ande, passe pelo menos alguma coisas para "realçar" então.

Cristina pegou um batom quase da mesma cor de seus lábios e passou. Amy resmungou dizendo que isso não havia melhorado muita coisa mas que já era um início. Então as duas partiram em direção ao restaurante próximo dali, onde almoçavam quase todos os dias.




Fantasy of Love - Capítulo 4: Aparência




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