Em
nossa vida, o que experimentamos é um fragmento da Felicidade do Ser.
Assim como a frase que diz "O dedo que aponta para a Lua, não é a Lua". A
felicidade que nós experimentamos na matéria não se compara com o que
está além. Os ensinamentos e as emoções advindas do conhecimento, das
crenças e expiações, dos que nós, comumente, chamamos de erros e
acertos, falhas e sucessos, nada mais são que indicativos.
Nossa personalidade nada mais é que um amontoado de padrões e costumes.
Nossos gostos nada mais são que efêmeros prazeres momentâneos que vem e
vão. A vida torna-se então uma montanha-russa: "Isso eu gosto, isso eu
não gosto". "Isso é bom, isso é ruim". "Hoje foi bom, hoje foi ruim."
Porque para existir um é necessário existir oposto. E, cedo ou tarde,
ele aparecerá. Apegados ao conceito de bom ou ruim, de prazer e
insatisfação, a mente oscila em diversas vibrações. Apegados ao conceito
de passado e futuro, ao que já aconteceu e acontecerá, a mente gera uma
realidade que não existe - a não ser nela mesma. Viver na mente é viver
na Matrix. Numa programação criada por ela mesma. O que já foi só
existe como lembranças, pensamentos do passado. O que será só existe
como possibilidades, pensamentos do futuro. Para gerar um futuro é
necessário a crença e os conceitos aprendidos no passado. Para gerar um
passado, é necessário a percepção e crença de que vivemos num futuro de
um passado. O apego a nossa história, a crença nesses dois tempos, os
hábitos e costumes aprendidos, são apenas programações. O que difere um
do outro, no campo do Ego, da mente, é apenas sua história. Por isso
ninguém é melhor ou pior que ninguém. Melhor ou pior é dualidade, é
ilusão. Em essência, todos somos iguais. Por trás de tudo isso, todos
somos Luz. Acreditar não é o suficiente. Saber não é o bastante. Só
aquele que desperta descobre por si a Verdade. E nada mais se torna
necessário.