sábado, 24 de dezembro de 2011

Um dia talvez eu chegue a superar isso, mas por algum motivo eu tenho medo de superá-lo. As vezes parece o certo a fazer, as vezes parece que só irei me enganar. Mas quanto mais o tempo passa, melhor parece a idéia.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

E foi assim...


Quem diria?
De uma amizade distante,
De um amigo em comum,
Você apareceria.

Como uma borboleta,
Que pousa no seu ombro,
Alguém chega,
E te faz outro.

Com cuidado e gentileza,
Tira sorrisos e a tristeza,
De dentro de você
Querendo sempre o seu bem.
"Decifrar um olhar, um sorriso, é como entender um texto. Se você retirar a frase do contexto ela pode ter outro significado, mas se você analisar tudo que o compõe, você obterá o verdadeiro sentido. Acontece que a maioria analisa sempre um: um olhar, um sorriso, uma expressão. E esquece do todo."
Marcos Carvalho

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

De Ponta Cabeça



Mergulha nesse céu
Voa nesse mar
Viaja parada
Para, ao se movimentar.

Congela no calor,
Queima no frio.
Molha-se na chama,
Derrete no gelo.

Vira do avesso.

Sente o movimento do ar.
Todo instante.
Esquece-te do vento
Não é mais arrepiante.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O ultimo desejo


Havia um rapaz em pé encostado na parede. Formando um "4" com as pernas e com as mãos nos bolsos da calça jeans. Sorridente, com a cabeça erguida e os olhos cerrados. Desfrutando de uma paz interior jamais, antes, sentida. Feliz, como se não tivesse sido a anos. Alegre, contente. Não havia adjetivos suficientes que descrevessem o que aquele homem parecia estar sentido. Livre.

Qualquer pessoa que o visse diria que aquele era o homem mais feliz do mundo. Que tinha a melhor vida e o melhor emprego. Que era rico. Que tinha a melhor família ou melhor estilo de vida. Que não tinha problemas, dúvidas, ressentimentos, mágoas, angústias. Nem quaisquer sentimentos negativos.

A tempos ele estava ali. Nada ao redor parecia afetá-lo. Na verdade, nada parecia existir em seu mundo.

Algum tempo depois, abaixou a cabeça. Tirou uma caneta e uma caderneta dos bolsos. Escreveu diversas linhas. Os guardou. Foi até o campo que havia do lado da cidade, deitou-se na grama. E, novamente, fechou os olhos. Mas dessa vez, aquela havia sido a ultima em que fez isso. Nunca mais tornou a abri-los.

domingo, 27 de novembro de 2011

Á Uma Bela Apresentação

Música para acompanhar:

Ouvia-se os pingos da chuva que batiam delicadamente no telhado, na janela, no vidro. De dentro da casa ele observava o dançar das gotas, que deslizavam-se, aos poucos e lentamente, pela ventana.Seguia seus passos, seu ritmo, com os dedos. Vez ou outra as fazia dançar como queria. Escolhia os pares ou grupos, fazia caminhos. Para gastar tempo? Para esquecer o tédio? Ou, simplesmente, para brincar?. Não, não e não.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O poema que eu não mandei...


Outro dia se esvaece,
Como sombras ao pôr-do-sol.
E riscos negros em forma de livros abertos
Que voam no horizonte além do farol.

Grãos de areia seguem o ritmo do vento.
Ondas se acalmam conforme o tempo.
Pontes de madeira, inquietas, passam a ranger.
Pequenos pontos brilhantes no céu, começam a aparecer.
.

Uma paisagem tão bela,
Que pintor algum resistiria pintar.
Pois, mesmo um escritor
Foi incapaz de se segurar.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Apenas Sinta


Querido amanhecer,
Que traz esta aurora,
por que me acordastes
justo agora?

Doce entardecer,
Que se vai com o crepúsculo
Diga-me sem escrúpulos,
Por quê o amanhecer
Queria me ver?

Misterioso anoitecer,
Que tudo parece esconder.
Será que a mim diria
O que esses dois, afinal, queria?

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Outra dimensão(Reescrito)


Caminhávamos lentamente sobre a calçada inclinada, rumo ao topo. Era tarde, o sol aos poucos estava despedindo-se da paisagem, enquanto as árvores retribuíam o gesto balançando de um lado para o outro. Sua respiração tornou-se ofegante há poucos instantes, e eu havia percebido -- logo começou a resmungar de cansaço.
         Ofereci levá-la no colo até lá em cima, mas ela hesitou; de primeiro momento. E, justo quando estava distraído, pulou em minhas costas entrelaçando seus braços em volta do meu pescoço. Cambaleei para trás e recuperei o equilíbrio, segurei as suas pernas atrás dos joelhos e ela repousou o queixo em meu ombro. Continuei a subir.

- Ah! Como é bom não precisar subir esse morro a pé. – Olhei-a de relance e sorri.

domingo, 13 de novembro de 2011

Bússola Da Realidade


- Porque carrega uma bússola em pleno século XXI? Se ao menos comandasse um navio...

- ...E comando. Entro no mar das idéias e perco de vista a terra firme que mantinha meus pés no chão. Guiar-me-ia pelas estrelas, mas cada uma contém um história diferente e, algumas noites, nem aparecem. A lua muda toda hora, não posso confiar nela. E o barco que navego não tem tecnologia, é tudo fantasia. Por isso carrego essa bússola que aponta sempre para a direção certa, pois mesmo no mundo da imaginação, estarei no caminho correto.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Intuição


Sinto a calma em sua voz
Em seus movimentos.
Alegria em seu sorriso
Cheio de contentamento.

Que parece reconhecer
A beleza desta vida.
De tão magnífica,
Que é a harmonia
Entre o ar e a energia
Que emana do seu olhar
E que a muitos contagia...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fantasy of Love - Capítulos

Quando Cristina, uma jovem simples com uma vida normal, recebe um presente de um homem desconhecido e misterioso, eis que sua vida começa a ficar estranha e, ao mesmo tempo, interessante. Enquanto isso, o homem utilizasse de meios não convencionais para se aproximar dela, com um simples propósito: Ensinar-lhe o que é o verdadeiro amor.








...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

"Quando estiver com as feras, pareça uma fera. Não uive. Não morda. Pois os que agem como feras, as possuí dentro de si mesmo que não demonstrem."
"Ultimamente há um vírus forte se propagando aos poucos e atingido cada vez mais pessoas: Acomodar-se com os baixos da vida. O pior é que tem cura. É rara. E o paciente dificilmente á quer... "

sábado, 29 de outubro de 2011

Cada vez que perdeste uma pessoa querida, não choras por ela. Choras pelo vazio, pela solidão repentina. Quanto mais apegado for, maior será o vazio. Agora pode compreender um poucos mais as pessoas que sentem-se dia e noite assim.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Copiador

É dito que nessa vida nada se cria,
 tudo se transforma 
ou copia...


Havia um jovem, de aproximadamente 14 anos, que dizia não possuir uma identidade. Não era o documento, era sua personalidade. Seu nome. As pessoas acostumam atribuir suas características positivas e negativas ao seu nome. Quantas vezes ele já não havia ouvido...

"Se eu não fosse assim não seria eu"
"Eu sou assim e pronto!"
"Se eu mudar, não serei mais [nome]"

Ele ria dessas pessoas. Ria porque isso as limitava. Ria porque se ele pensasse da mesma forma, seria como eles. E a ideia de ser igual aos outros o fazia ter arrepios. Talvez por isso ele ficava quieto no canto. Observando. Quase sempre rindo internamente.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"Amor é o que há em comum entre todos os tipos de amor."

M. C.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dragão Solitário


Minha vida nunca foi fácil
Desde pequeno aprendendo a caçar
Brincando(brigando) com meu irmãos
Aprendendo a voar

A surfar no ar
Planar acima do mar
Com minhas patas
O oceano rasgar
Quando de leve o tocar.

Viver em harmonia
Com a natureza.
Que além de nos alimentar
Possuí essa beleza.

Compreender o seu ciclo
Utilizar os recursos naturais
Usar somente o que necessito.
Da melhor forma com todos animais.

sábado, 15 de outubro de 2011

Ascensão(Fundo do poço)


Pelo meu rosto escorre suor
Começo olhar ao redor
Um amontoado de tijolos
De todos os tipos e jeitos, até parecem olhos.

Eu os reconheço um por um 
como se fosse ontem.
Não me esqueço de nenhum.
Posso vê-los muito bem.

Uma vez ouvi dizer
Que chegar ao fundo do poço
É o melhor coisa que pode acontecer.

Minha visão parece ter mudado
O sol que, pra mim, só me machucava
Agora esta do meu lado
E seca esta terra molhada.

O fundo do poço



Olho para cima
Vejo o imenso céu
E as nuvens em fila
Envolta de um anel

Escuro, frio, úmido.
Sólido, grande, cumprido.

Um feixe de luz
Atravessa o circulo
Vermelho, Branco, Azul
Transparente, Amarelo.

Brilhante, Radiante.

Daqui eu posso ouvir
O vento movimentar a grama
Daqui só posso sentir
Meu corpo na lama.

Cotidiano escolar.


O sinal toca,
a tortura vai começar
Na sala, bola de papel,
voa p'ra todo lugar.

Espero que até o final da aula
Nada me atinja...
Tarde demais
O alvo esta na mira.

"Acerta aquele ali
Quietinho na dele
Tenho certeza
Que não vai mexer com a gente"

terça-feira, 27 de setembro de 2011

"Se existe a perfeição, eu quero estar o mais próximo dela."

M.C

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Fantasy of Love - Novela ou Filme?

Pelas vitrines da loja de tênis Tecker via-se o impecável estabelecimento com tênis de intermináveis marcas famosas existente em todo o mundo. Os seguranças mantinham tudo em ordem para que nada fora do normal entrasse ou saísse sem a respectiva compra, assim, também zelavam a frota de funcionários que ali encontrava-se. Várias atendentes exercendo dedicadamente seu serviço, porém, havia duas que mereciam destaque: Cristina e Amy. Ambas estavam o tempo inteiro alegre e felizes que nem se deram conta de quantos cliente já haviam atendido sem parar, de quanto tempo estavam em pé e sendo observadas pelas câmeras que registravam todos as prateleiras e estantes que mais parecia um salão de biblioteca do que um loja de tênis propriamente. Lustres com uma fenda embaixo iluminava o suficiente para não enjoar a vista e enxergar com nitidizes os produtos. O prédio tinha dois andares e o estoque ficava num outro prédio aos fundos devido ao tamanho e a quantidade que precisavam armazenar. Além disso, possuía um estacionamento próprio de mesma área hexagonal que a estrutura de 20 metros cobria.
       Um Prius azul havia saído a pouco tempo de lá. Era possível ouvir o som que as caixas emitiam da calçada, a música "In for the kill" embalava duas garotas que estavam fazendo caras e bocas fingindo estar cantando. Já eram muito bem conhecidas, sempre andavam juntas. Tinham o gosto musical praticamente igual, usavam a maquiagem uma a da outra e donas de uma beleza invejável. E haviam sido, nessa tarde, cortejadas pelo homem  de seus sonhos.

      Do outro lado da cidade, uma multidão era atraída para o Mercedez preto que corria a 120 quilômetros por hora. O conversível imponente pilotado por um cidadão de classe média - pois isso era o que o dono queria que os outros acreditassem. - carregava um rapaz de aparência juvenil, e - coincidência ou não - tocando a mesma música que a dupla do Prius, porém uma versão eletrônica produzida pelo Skrillex.
     O homem parecia ter saído do filme Missão impossível, não só pelas roupas e o carro de ultima geração, ele também tinha um óculos escuro e um sorriso discreto de alívio no rosto enquanto segurava o volante com apenas uma das mãos e a outra segurava um terno, que por pouco não voava, sobre o ombro.
   
      Após alguns quarteirões, ele estaciona o carro próximo a uma casa feita sob medida segundo os filmes de Holywood. Com direito a grama aparada na calçada em frente com pequenos arbustos, tapete de bem vindo e garagem automática. Sai com um pulo por cima da porta, joga a chave de costas para dentro do carro e sai da garagem pela porta ao lado que vai direto para o corredor que da na sala. Ele corre e se joga no sofá pegando imediatamente o celular, procurando o nome dela na lista e lembrando do almoço e de como o dia foi produtivo.

 - Obrigado por me emprestar o carro. - grita.

 - De nada, querido. Vai passar a noite aqui? - uma voz aguda retorna.

 - Não. Já, já, vou para casa. Obrigado mais uma vez, tia.


     Assim que chegam, Cris vai dar comida aos peixes; ambas dividem o mesmo apartamento. Amy se prepara para ir tomar banho e Cris termina a sua tarefa e tenta não ficar pensando na ligação de Zack e disfarçando para Amy não desconfiar de nada - por enquanto, pois ele havia pedido sígilo até ele ajeitar a situação. Amy nem se quer pensava que algo estava errado. Seus planos - assim como o dia - também haviam sido muito produtivos.







Fantasy of Love - Capítulo 7: Novela ou Filme?

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mensagem para os pais(pedido)

Ele é meu melhor amigo
Sempre do meu lado
As vezes briga,
Só porque fiz algo errado.

Ele é meu herói
Protege a nossa família.
Aquele que um dia
Serei quando crescer.

Aquele que cuida
Aquele que se preocupa
Que sorri e chora,
Por saber que o tempo voa.
E que cada momento
com essa pessoa que amo
é estranho, engraçado
misterioso e arriscado.

Ele é meu Pai.
Se é legítimo eu não sei...
Mas é aquele que quer o meu bem.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quando te conheci


Olha só
Quem diria
Que meu coração
por tia batia
E minha mente
Assim ficaria
Besta e idiota
Rimando feito amador
Veja só o efeito desse amor
É terrível essa proza

Comon with me
Let's go para o Hawai(x2)

Nem falar inglês eu sei
Mas foi o que eu achei
Na hora eu considero
Depois é que eu vejo o inferno

Comon with me
Let's go comer um Kaqui(x2)

Olha só
Quem diria
que minha mente
assim ficaria
Besta e idiota
É terrível essa proza.

Questão de compreensão

Eles não entendem
Eles não compreendem
Debocham, fazem zona
Com nossa autoestima detona

Enquanto riem e fazem graça
Querendo virar atenção da garotada
A cena fica em câmera lenta
E então a gente pensa...

Onde estou?
Como fui parar aqui?
Essa é a realidade
Do mundo que vivi.

Esta chovendo?
Quando foi que começou?
Todo mundo esta vendo?
A represa transbordou...

(Eu sou)É só mais um motivo para rir
Talvez eu devesse por um fim no espetáculo
E começar um show de horrores
Protagonizando a morte dos atores

Direcionando a raiva
Um por um, a cada tomada
Que tal um close no ator principal?
Aquele ali, com cara de mau...

...e chorando
por não estar suportando
tanta dor, tanta aguá
todo dia a cidade alarga

Onde estou?
Como fui parar aqui?
Essa é a realidade
da vida que vivi.

Quebrar a represa
Fazer a correnteza descer
E com ela acabar com tudo de uma vez.

Depois disso, o vazio é o que resta.
Essa é a realidade
Das pessoas quietas.

É isso que o silêncio grita
E ninguém escuta, simplesmente porque...
Ninguém compreende
Ninguém entende...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Prometi que não iria escrever...

Prometi que não iria escrever
Mas eles são capazes de deter 
essa barreira, pois, tão belos são
Que mesmo esses versos soltos
Não conseguem descrever a sensação
Extrapolam a razão, e os pensamentos ficam loucos.

Os olhos vislumbrados, as mãos inquietas.
"Precisa escrever, precisa expressar!
Transcrever em palavras incertas
A magnificência desse olhar."

O que há de tão especial nesses olhos?
A cor? Antes fosse só ela.
Vai além disso, da beleza externa. 

Possuí aquilo que jóias, pedras e cristais.
Desejam um dia ter
E que jamais  irão obter.

Tão raro e tão simples, que quando os vejo 
é praticamente impossível resistir.
E quando me dou por conta
Um poema acaba de surgir.


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Velho sábio

Onde vocês estão?
Pareço mais afastado,
Ou talvez sempre tenha sido assim.

Eu depositei minhas esperanças.
Eu tirei palavras da onde não existia
Exemplos da onde não imaginava
E você terminou tudo com uma simples decisão.

Então eu perdi a fé que tinha em você.
A importância que eu lhe dava todos os dias.
As horas que eu gastava, as noites
Eu perdi o interesse.

Eu continuo desejando o seu bem
Porém nesse período, uma frase
conseguiu me abrir os olhos
ou talvez fechá-los de vez?

Porque vai contra ao que eu estava fazendo
e costumo fazer, mas faz imenso sentido.

Talvez mais frio? 
Tornar-se sábio parece estar me levando para esse lado.
Ter respostas para coisas que acontecem na vida
deixa a emoção de lado, torna tudo normal.

A lição da Borboleta
"Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo, um homem sentou e observou a borboleta por várias horas conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.

Então pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais longe. Então o homem decidiu ajudar a borboleta, ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.

O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo.

Nada aconteceu. Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.


Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse viver nossa vida sem quaisquer obstáculos nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar."


terça-feira, 21 de junho de 2011

Fantasy of Love - O Encontro(parte 2)

Amy saiu, enquanto isso Zack encarava Cris, que aparentava estar muito tranquila.

- A senhorita me acompanharia na sobremesa? - Zack perguntou com receio, pois frente a frente a quem ele realmente idolatrava era quase impossível manter-se normal.

- Não, obrigado. Não quero abusar de sua boa vontade. Uma aguá só e está bem. - Cristina falava normalmente, não esboçando alegria ou tristeza, o que dificultava Zack decifrá-la. Mas sentia algo estranho em sua presença. - Então, o que quer saber sobre mim?

Zack ficou intrigado. Poucas pessoas gostam de falar sobre sua vida ou pessoa com estranhos, pois dizem que "Não devem satisfação a ninguém". Que para Zack, só era mais uma obra do orgulho e individualismo. Entretanto, oferecer-se de bandeja para a outra pessoa dessa forma, era características de pessoas que não tem medo do que fez na vida ou de si.

- Bem, serei sincero com você pois o que está em jogo requer isso. - Agora ele estava atento nas expressões dela, já que havia criado esse suspense propositalmente. Ela só mantinha a atenção no que ele dizia e bebendo sua aguá. O que deixava Zack ainda mais curioso para saber o que se passava em sua cabeça. - Eu gostei da sua amiga, mas não era ela que eu estava esperando. Desde o início eu havia reparado somente em ti. E criei essa história para que ela me trouxesse você até aqui. Pois jamais faria se soubesse minhas verdadeiras intenções, já que estava interessada em mim.

- Então você mentiu para ela? - Para Cris, se ele estava realmente interessado nela, havia começado muito mau se ele houvesse feito isso.

- Não. Não deixei nada concreto, apenas disse que telefonaria para ela para nos encontrar em um lugar mais reservado, só esqueci de mencionar que era um cinema. Creio que ela deve ter entendido outra coisa, e foi essa minha intenção para conseguir convence-la a trazer você até aqui sem hesitações. E de que poderíamos marcar um encontro a quatro. Mas, novamente, não dei garantia alguma.

- Compreendo. Quer dizer que você manipula as pessoas ao seu favor para que façam o que você quer. Você é  psicólogo? - Zack estava nervoso com essa observação, mas se ela estava disposta a dizer o que for sobre sua vida, ele também deveria estar disposto. Seria uma troca equivalente.

- Eu pensei que eu faria as perguntas - disse com sarcasmo e rindo. Cristina sorriu. - Sim, sou psicólogo formado. Trabalho na área. Mas não sou um manipulador de pessoas. Como havia dito, desde o início eu queria conversar com você, tive de fazer isso pois foi necessário. Se eu fosse mau-educado com ela ou a rejeitasse imediatamente, estaria perdendo uma grande oportunidade de te conhecer.

Cristina estava achando aquilo cada vez mais divertido. O sentimento de calma e paz que ele transmitia era equivalentes ao dela e isso tornava o ambiente muito aconchegante. E tudo que ele havia feito somente para conhecê-la demonstrava a importância que ele tinha para com ela. No fundo aquilo deixava-a com ar de especial perante o moço que estava acompanhada. Outro motivo óbvio também mantinha ela ali: para ela, ele era lindo.

Zack sabia que apesar de ter contado o que havia feito naquela dia para se aproximar dela, não era uma boa hora para dizer sobre as outras coisinhas que ele havia feito.

- Bem, já que o senhor me parece estar sendo sincero. Algo que aprecio muito. Creio que seja sua vez de fazer a pergunta. - Ela também estava querendo jogar. Saber qual a primeira coisa que o seu fã gostaria de saber sobre ela.

- Na verdade, não gostaria de saber agora. - até porque, ele já sabia muita coisa. - Gostaria de convida-la para um passeio ao ar livre amanhã. Sei que está acabando o horário de seu intervalo, e não pretendo ser o culpado de seu atraso. - Só depois desse comentário que ela se lembrou de que ainda estava no expediente. Havia se esquecido de tão concentrada que estava.

- É mesmo. Bem, não costumo sair muito. Ainda mais com estranhos. Irei passar meu telefone, mais tarde me ligue e conversamos mais um pouco. Deves entender minha preocupação...

- Perfeitamente. Farei como você preferir ou desejar. - Ele esboçava um sorriso o tempo inteiro. Estava contente por finalmente ter conseguido essa aproximação. E ela estava sorridente também, pois jamais havia conhecido alguém tão interessante quanto ele aparetava, e tão interessado nela.

Os dois se despediram e partiram. Esse era o dia que marcava algo que ambos, e principalmente ela, ficaria para sempre em sua memória.






Fantasy of Love - Capítulo 6: O encontro(parte 2)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sonhos mal resolvidos(Auto-aprimoramento)

Durmo querendo esquecer
Na cama começo a me rebater.
Dessa vez isso não vai me vencer.

O sono demora a chegar.
Meu desejo é apenas me acalmar,
Fechar os olhos e sonhar.

As vezes parece ter vida própria.
Eu ordeno que você adormeça
E pare com isso antes que eu enlouqueça.

Acordo desesperado.
Quando foi que eu adormeci?
Meu corpo deve ter cansado
Da luta que travei aqui.

Minha mente e ele atormentados
Por algo que vi e não devia ter visto.
Flashbacks que devem ser apagados.

Porém o rei estava acordado,
Mesmo quando estou desmaiado.
E um pedaço me permitiu lembrar,
Quando eu fosse acordar.

Das cenas que presenciei
Mistura com tudo que já vi
E dos medos que possuo
E que ainda não resolvi.

Sinal de que preciso acabar com eles
Se tudo é parte de mim
No meu sub-consciente devo mexer
E nisso dar um fim.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Anjo caído



Todos esses anos
pareceram uma eternidade.
Enquanto seu coração
estava sendo corrompido pela maldade.

Suas penas caiam, 
suas lágrimas derretiam as nuvens aos poucos
E eles ainda tinham a coragem de perguntar
 "Onde está aquele anjo? aquele anjo bondoso?"

Demônios disfarçados de santo
Derrubavam lhe com palavras e ações
Na queda a asa se despedaçou.
A ira do céu ecoou  trovões

Chorou como nunca ao perceber
Que lá de cima, as nuvens se afastavam.
Plumas caiam junto com os raios.
Um anjo machucado, começou a descer.

A gravidade o virava do avesso
As asas quebravam-se pelo efeito.
No chão, todo mundo observava
Uma estrela caindo, e achavam a maior graça.

Religiosos impressionados.
- "Um milagre acaba de acontecer!"
Céticos ficavam admirados
- "Ainda bem que estou vivo para crer!"

Mal sabiam o que era, e o que aquele anjo 
passou e estava passando.

Não se importavam,
pois só enxergavam
o que viam ou queriam ver.

O impacto enorme, causou um pequeno terremoto.
Pessoas se abalaram e passaram a temer.
"E se outra estrela maior caísse? nós não iríamos sobreviver"

E enquanto seu ego as consumia.
O anjo que havia caído, por pouco não morria
E assustado estava com o que esta prestes a vivenciar.
Um mundo cheio de monstros, com seres prestes a se matar
Para conquistar algo que jamais irão usar
Para conseguir o  que sempre costumam desejar.

Seria melhor o anjo voltar?
para onde nunca devia ter saído?
Mas sem antes aprender a lidar e combater os inimigos.

Os demônios que o perseguem, 
como urubus esperando a hora.
Não estão apenas lá fora.

Reencontre suas penas
Concerte as suas asas.
Bata e tire as sujeiras.

Espere fechar, reveja o que pode ser feito.
Cure a ferida e apague a cicatriz.
Ajude outros e monte um exército.
Com isso ficará mais feliz.
E terá mais gente para procurar
Aquelas plumas que caíram em algum lugar
Fora do alcance da visão
Pois os olhos não podem ver.
Aquilo que é essencial ao coração.

Com esse novo par branco transcendental 
O céu não será mais um limite, mas um portal
E os demônios de fora que aguentem, 
pois irão ter que suportar...
O anjo caído, que voltou de lá de baixo para lutar. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Medusa


Bonecos de cera frágeis
Que partem-se ao cair no chão
É nisso que as pessoas se transformam querida.
Quando encontram seu olhar penetrante.(petrificador)

Ninguém consegue ver o que há por detrás.
E quando tentam, jamais voltam para contar
Porque mesmo de longe o seu cabelo os atraem
Como cobras, prontas para atacar.(e dar o bote)

E todo mundo diz que ela é uma lenda
Porque ninguém resiste ao seu poder de sedução.(x2)

Ela não fala, apenas canta de tão suave que é sua voz.
Doce engano daqueles que fecham seus olhos.
Com apenas um suspiro em seus ouvidos
Perdem o controle de seus corpos
(Doce engano, não adianta fechar os seus olhos
Com apenas um suspiro, ela controla os seus corpo)

E aqueles que ainda ousam conhece-la
Desprovido desses sentidos
Derretem com o simples toque dela.
Sem ao menos deixar vestígios.

E todo mundo diz que ela é uma lenda
Porque ninguém resiste ao seu poder de sedução.(x2)






sábado, 28 de maio de 2011

Até o fim

Suas palavras de desespero ecoam em minha mente
Como lâminas cortando o céu
Essa tempestade que você carrega
Será que um dia vai acalmar?

Meteóros caindo como uma chuva de granizo
Encima de quem estiver embaixo das nuvens negras
Existirá um lugar onde ninguém é atingido?

Eu preciso chegar lá
Onde o sol ainda está brilhando
E encontrar um meio de parar isso
Será que você me escutaria?

Céu escuro, veias luminosas atravessam o ar
E eu estou tentando subir o mais alto que posso
Não sei se você irá acreditar em mim
Eu só sei que irei até o fim (x2)

Suas palavras frias me congelam
Frio insuportavel que atinge meus ossos
Eles vibram como se fossem quebrar a qualquer instante

Eu preciso chegar lá
Onde o sol ainda está brilhando
E encontrar um meio de parar isso
Será que você me ouviria?

Céu escuro, veias luminosas atravessam o ar
E eu estou tentando subir o mais alto que posso
Não sei se você irá acreditar em mim
Eu só sei que irei até o fim (x2)

Minha queda será grande não vou sobreviver
Será que vale a pena lutar por isso?
E eu nem sei se você irá acreditar em mim.
Eu só sei que irei até o fim.

Prisão

Só um pedido é o que gostaria de fazer
Mas sinto que se ele fosse aceito
O faria o prender.

E isso não está certo
Porque necessita o quanto antes de alguém que lhe de 
algo que dois corpos distantes não pode oferece.

Eu só queria fazer, porque eu estou cansado
mas isso não seria bom
não seria bom para um coração amargurado.

Eu não sei se você iria aceitar
mas eu não quero me arriscar
fazer voce ficar só por tempo indeterminado
enquanto nós tentamos apenas nos conhecer pessoalmente
talvez você nem goste do que verá

Eu só... esqueça, é só um sonho
não é certo te segurar
porque você precisa mais do que eu
porque eu estou acostumado(estou acostumado)

Tente encontrar alguém melhor,
não perca seu tempo.
eu gostaria, se eu pudesse dar á voce,
tudo o que voce precisa agora.

Mas eu não posso, e fico frustado.
e você diz que precisa de carinho.
desse lado eu me sinto perdido,
tentando encontrar um meio de diminuir isso.
Isto que está sentindo (que está sentindo)

Eu só... esqueça, é só um sonho
não é certo segurar você
porque você precisa mais do que eu
porque eu estou acostumado(estou acostumado)

Eu só queria lhe pedir...
Veja, até aqui não consigo.
Não posso, talvez você nem goste do que conheça.
Ela ainda me persegue, e eu ficaria mudo...

Haverá tempos em que isso não será um problema?
O que escolhi pra vida talvez nem permita que eu saia daqui.
E se isso acontecer, deixaria você eternamente nessa prisão.




terça-feira, 24 de maio de 2011

História rimada(tema: Caça)

Prepare-se querida, hoje a noite é ora de caçar.
E se vamos fazer isso, devemos ter certeza que vamos matar.

Vamos levar esse armamento, que derruba até elefante.
E pela floresta de concreto, nós iremos caçar feito lobos uivantes.

O alvo esta próximo, esta do outro lado.
Ele ainda nao percebeu que esta sendo caçado.

Mire nele, enquanto eu o destraio. 
Depois eu pego o corpo, e nós fazemos o estrago.

Voce esta com medo, então deixe que eu o mato. 
Vá até em casa, e deixe o fogo preparado

Que tal eu mata-lo, e leva-lo comigo. 
Vá na minha frente, e procure um abrigo.

(vitima)
Meu deus, da onde veio esse tiro?
(acompanhante)
Você não ouviu? Lá de cima! 
(vitima)
Vá para casa amor, deixe que eu me viro!
(esposa)
Esta louco? Vamos os dois para a casa da minha prima.

Esse desgraçado, pensa que vai fujir?
Irei te matar e depois arrancar sua pele para vestir.

(Narrador )
O caçador, como podem perceber, é insano.
Acha que vestindo a pele da sua vitima, vai ficar com poderes sobrehumano.
E agora, que tal mudar um pouco essa história do mau?
Transformando o cenário, num campo florestal!

(vitima)
Onde estamos? O que aconteceu?
(esposa)
Na floresta, querido. Acho que ele nos perdeu.
(vitima)
Talvez sim, mas devemos voltar.
(esposa)
Nessa escuridão? Devemos tentar nos alojar. Há animais selvagem aqui, e sou muito jovem para morrer.
(vitima)
Está bem. Vamos dormir e partimos ao amanhecer.

(caçador)
Mas que droga é essa? Como vim parar aqui?
Dane-se, meu alvo também deve estar por ai
Preciso avisar minha parceira, deve estar preocupada.
Só espero que nessa mata, esse telefone consiga fazer chamada.
Que merda, não tem sinal.
Os anos no exército, não vão me fazer nada mau.
Agora vejo que valeu, cada hora naquele regime intenso.
Tudo sobre sobrevivência na selva, jamais esqueço.
Isso esta ficando interessante, deixe me ver.
Ainda bem que sempre trago a lanterna para me precaver.
Isso parece pegadas e vão direto para uma gruta.
Vou partir pra cima deles com força bruta.

(vitima)
Acho que ele nos encontrou, fique escondida.
(esposa)
Cuidado meu bem, não de uma de suicida.
(vitima)
Vou tentar despista-lo, e depois você corre. Só espero que eu não me borre.
(esposa)
Esta certo, mas não sairei daqui se você não vier comigo. Você sabe que sem você eu não vivo.
(vitima)
Eu te amo, me deseje boa sorte.
(esposa)
Eu também te amo, eu vou para o norte. E depois você vem.
(vitima)
Corra o máximo que puder, e veja se encontra alguém. Irei logo em seguida, por você arriscarei minha vida.

(caçador)
Acha que me engana?
Pobre presa humana.
Eu não queria sua esposa, civil.
Desde o inicio, eu só estou atrás de você imbecil.

(Narrador)
Então o caçador, ao ver o mato se mexer.
imediatamente puxou o gatilho, e correu para ver.
Mas para a surpresa dele, nada havia acertado.
Pois o que havia passado ali, era um animal desesperado.
E quando se virou, viu uma mão vindo em sua direção.
Tamanha foi a força do soco, que o fez cair no chão.
A vitima pegou a arma, e apontou para o caçador.
Mas lembrou que se o matasse, iria se tornar um matador.
Assim como o homem que no chão estava assustado.
Então ele atirou em sua perna, e levou a arma para a policia do estado.
E contou sobre o homem e o que ele queria fazer.
Os guardas foram até o local, e mandaram-o prender.
Porém, ninguém sabe o paradeiro de sua mulher.
Deve estar em busca de um louco qualquer.
Para ajuda-la em suas caçadas,
Ainda bem que nessa, as presas subestimadas
Conseguiram escapar e fazer um bem a sociedade.
E agora vivem como nunca viviam; cheio de felicidade.



segunda-feira, 16 de maio de 2011

Volte

Mão extendida


Não se entregue, não desista.
Você é jovem, persista.
Sua identidade esta sumindo.
Aos poucos isso esta te consumindo.
Fique do meu lado, vai dar tudo certo.
Não precisa se preocupar, não precisa ficar tão perto.
Apenas venha para cá, e continue acreditando.
Que depois de um tempo, isso acaba terminando.
E então tudo volta aos eixos, e fica melhor do que era antes.
Só depende da sua escolha, em questão de instantes...
Onde a tristeza e a raiva parecem predominar.
Mande isso ir embora, porque motivos não há
Para manter e guardar isso com você.
Então para que sofrer? Se nada tem de bom pra oferecer
Melhor nem perder tempo com isso e esquecer.
Só veja o que esta se tornando sua vida
E como ela um dia já foi
e como você se sentia
esse caminho que está tomando, costuma ter só passaporte de ida.
Lembre-se, não de tempos agora.
Mas de coisas que se passou outrora.
Há 5 anos atrás ou mais
E se você não quer viver o suficiente, para ser capaz
de alcançar aquela felicidade e alegria,
que um dia já sentiu e sentirá.
Se pro nosso lado você volta.





terça-feira, 10 de maio de 2011

Conflito

As vezes é difícil segurar.
Mas não acredito em mim
Não acredito que possa dizer isso.
As vezes eu só queria pode expressar.

Mesmo mais próximo,
acho que seria incapaz de dizer.
Não sou digno, não sou bom o suficiente
Isso ecoa em minha mente.

Não mereço, não posso...
Fraco e covarde.
Nem trabalha, vive no ócio.
E pretende mudar isso só mais tarde.

- Desista!

- eu já desisti.

- Insista!

- Pra que? Há uma lista, grande, devem existir melhores.
Nem gosto de disputa, sou um dos perdedores.
Pior, pois nem lutar desejo. Pois logo me considero um coitado, que mau dará pro cheiro...

- Pare!

- Pare...

- Esqueça!

- Nem se eu quisesse conseguiria.

- Então vamos por um fim nisso.

- Concordo.

- Não escreva.

- Não escreverei...

- Você...

- Nós. Somos a mesma pessoa, esqueceu?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Off

Vou deixar isso mais um pouco, assim quero ver o que vai alimentar-lo.

Insignificante pareço ser diante disso
Orgulho devia tomar chá de sumiço
Luxuria já não me afeta
mas isso ainda me testa.
E depois de um tempo acabo cedendo
Hipnotizado, novamente não querendo
Os valores somem e nada tenho para lembrar
Depois de feito, só me resta torturar
Eu poderia corta-los.
Eu poderia tira-lo.
Eu poderia tira-las.
Eu poderia acabar com ela.
Um soco não é suficiente, talvez uma surra
Pelo menos a dor, o efeito anula.
Ainda sim, falta algo para mim dete-lo.
Algo que não descobri, e não sei se vou encontra-lo.
Posso cortar as fontes
Sei que isso eu posso
E isso que pretendo fazer.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Viajando na rima

Ariane Narin, Chapéu vermelho
querida garota
que se olha no espelho,
e enxerga outra.
Não percebe que do seu dom
algo esta se aproveitando
e esta te controlando,
variando o seu tom.
e todos os acontecimentos.
você perde a noção
e ele ganha satisfação
Fazendo ficar desorientada
e sua sensibilidade aguçada
assim como a Jim gray
a moça bonita do ex-man
que como voce também tem
poderes que são fora da lei.
E a clementine que muda o cabelo
vc faz igual, e sem medo
um Joel conquista sem ter a intenção
de quem agora lhe pertence o coração.
Na outra fábula, a história muda
a garota sem sal e que gruda
no edward, por quem se apaixona
diz que pode mata e faz uma de durona.
E enqnt isso o homem faz o papel da garota 
e diz que nela confia, por ama-la como nenhuma outra
Só que agora ela esta fria, e de todo mau se recua
o garoto nao liga, e diz que isso o tempo cura.
E depois dessa poesia sem nexo.
ele diz que ainda vai arrumar mais
louco como ele é
olha que é bem capaz
E ela de chato vai chamar
o garoto que não para de improvisar
tentando fazer ele parar
pq de poema ele é de matar
de tão ruim que chega a ser
e ele fica tentando fazer
mais e mais, e já esta cansando
veja que já esta quase parando
meus dedos já nao querem mais escrever
vou parar com isso, antes que eu começe a tremer
nao, nao é de digitar; é de frio
melhor eu ir logo pra... cachoeira dar um mergulho no rio





terça-feira, 3 de maio de 2011

Tic, tac, tic, tac

(Tic, tac, tic, tac..).
O silêncio permanece
(Tic, tac, tic, tac)
Isso é um relógio?
(Tic, tac, tic, tac...)
Uma bomba relógio, talvez.
(Tic, tac, tic, tac...)
Dentro de minha cabeça.
(Tic, tac, tic, tac...)
Não, são passos
(Tic, tac, tic, tac...)
Estão se aproximando
(Tic, tac, tic, tac...)
Esta ficando mais rápido!
(Tic, tac, tic, tac...)
Voltou ao normal
(Tic, tac, tic, tac...)
Minha cabeça esta pulsando?
(Tic, tac, tic, tac...)
Meus ouvidos estão aguçados?
(Tic, tac, tic, tac...)
Não, já sei o que é
(Tic, tac, tic, tac...)
Meu coração disparado
(Tic, tac, tic, tac...)
Calma amigo, foi só um sonho
(Tic, tac, tic, tac...)
Ok, um pesadelo
(Tic, tac, tic...)
Por ter acabado justo naquela hora
(Tic, tac...)
Melhor tentar voltar pra lá
(Tic...)
É... melhor
(Tac...)

sábado, 30 de abril de 2011

Igual a uma flor



Como uma flor,
sua essência é magnífica
Como uma flor,
possuí espinhos que pica.

Como uma flor,
esconde a beleza de dentro
Como uma flor,
que só irá abrir com o tempo.

Como uma flor, 
que a todos encanta
Como uma flor,
aos ventos parece que dança.

Como uma flor,
É frágil e delicada
Como uma flor,
Possui veneno que mata.

Como uma flor,
tem um belo aroma
Como uma flor,
a muitos impressiona.

Como uma flor,
também produz mel
Como uma flor,
desenhada com pincel.

Como uma flor,
abelhas vem para lhe roubar
Como uma flor,
e te machucam sem se importar.

Como uma flor,
sua corola é formosa
Como uma flor,
mais linda que uma rosa.

Como uma flor,
recebe vários beijos
Como uma flor,
possui vários feitos.

Como uma flor,
muitos admiram sua imagem
Como uma flor,
enfeita a paisagem.

Como uma flor, querem toca-la...
Como uma flor, querem senti-la...
Mas eles não sabem
que com a natureza não se brinca.

Como uma flor,
borboletas se aproximam e pousam
Como uma flor,
juntas se completam e se tranformam.

Como uma flor...

terça-feira, 26 de abril de 2011

É tudo real...

- Você está inventando isso!

- Meu coração pulsa quando ouve frases como aquelas saindo dos teus lábios, que um dia almejo toca-los.

- Você está exagerando.

- Se há uma coisa que detesto são hipérboles, a menos que seja para fazer humor. Não invento e não minto.

- Como assim, e tudo o que vc escreve ou desenha? suas histórias? Não são invenções?

- Não, são apenas mistura de tudo o que já vi e ouvi. Não consigo inventar...

- E as frases e os poemas?

- Como eu disse, eu só narro aquilo que vejo, aquilo que sinto. É por isso que as vezes sai tão fácil quando vem inspiração. Eu fiz um juramento...

- E dai?

- Mais valioso que uma promessa e mais leal do que qualquer outro possa ser.

- E sobre o que é?

- Um juramento pelo mais nóbres dos sentimentos, pois motivo maior não há de existir.

- E o que você deve cumprir?

- Ser um guerreiro dele. Me tornar uma pessoa melhor perante todos e ele. Seguir o exemplo de seu mais puro filho que já pisou na terra. Um cavaleiro sobre sua fé adquire um corpo mais forte, uma armadura mais resistente, uma mente mais tranquila; não teme os desafios, procura sempre ajudar aqueles que necessitam de ajuda em batalha e que estão desprotegidos, que ainda não possuem armadura.

- E você? Não recebe ajuda de ninguém?

- Recebo. A dele, e de guerreiros que já se foram, de meu mestre que me guia dos olhos dele. Apesar que as vezes gostaria de ter alguém para trocarmos experiência, fujir um pouco das batalhas... Não que não seja divertido lutar, na verdade, quando se consegue um bom resultado é uma grande satisfação. É como disse, as vezes parece que estou lutando sozinho, mas sei que há guerreiros espalhados por ai, muito melhores do que eu. E isso acaba me enfraquecendo...Você precisa ver, quando eu encontrei um anel... queria usa-lo como se substituísse essa companhia. Algo em que eu pudesse dar atenção e que estivesse comigo. As vezes chegava a carregá-lo comigo sem usar na mão. O mais legal, é que eu sentia de certa forma, com aquele anel, que não estava sozinho quando o procurava no bolso. As vezes o ficava admirando e viajando os pensamentos. E mesmo ele não se encaixando muito bem na minha mão eu ainda o guardava. Foi uma atração inexplicável.

- Está doido, deve estar tendo alucinações...

- Não, é verdade. Era uma relíquia pra mim, mesmo estando com uma parte da tintura desbotada. E parecia um anel feminino, pois tinha um formato de uma rosa e uns pequenos caules com folhas. Eu tive três anéis na minha vida: o primeiro foi um mistério, o segundo uma cobiça e o terceiro uma paixão. Pensava que possuindo, poderia ter mais sorte no amor. Que poderia até dar-lo para alguém que veria a se interessar por mim, como uma profecia. Um conto de fadas: onde um objeto encantado traria a princesa pra quem eu deveria da-lo. Até cheguei a dormir com ele. Se me lembro bem, cheguei a ver uma pessoa com uma pulseira com o mesmo símbolo do anel. Meu irmão e minha familia queriam joga-lo fora e eu pedia para deixar.

- Conte-me sobre o primeiro...

- Eu achei, se bem me lembro, com o meu pai. Em um dos postes da linha do trem, no canto com um amontoado de pedras encima. Ele tinha o símbolo do ing e yang. Eu  não pude ficar com ele por muito tempo. Mas foi muita estranha a localização do anel e o seu símbolo, e eu nem conhecia o seu significado. Achei que fosse algo relacionado ao jogo Mortal Kombat que meus irmãos jogavam. Enfim... Você ainda não acredita em mim?

-...

domingo, 17 de abril de 2011

Queime

Chama que aquece a escuridão
Dissipe as sombras do passado
Aumente o quanto puder
Alcance lugares inatingíveis
Você me persegue, não
Você faz parte de mim
E se isso for mais uma brincadeira
De seu comportamento biológico
Então eu quero que queime
Queime tudo para que nada mais reste
Para que a fonte não renasça
Se você estiver me enganando
Derreta tudo junto com você

Porque eu não quero enganar ninguém
Mas se você faz isso comigo
Então eu quero que você apague
Antes que fuja... Antes que fuja

Você não me assusta, acredite
A unica razão para não ter você aqui
É pra você não machucar ninguém.
Então eu quero que queime
Queime tudo para que nada mais reste
Para que a fonte não renasça
Se você estiver me enganando
Derreta tudo junto com você

Porque eu não quero enganar ninguém
Mas se você faz isso comigo
Então eu quero que você apague
Antes que fuja... Antes que fuja

Como uma lareira, alguém te dá lenha
Mas nossos pais sempre disseram
Quem brinca com fogo se queima
E você se alimenta cada vez mais
Eu não controlo
Se você não quer diminuir...
Então eu quero que queime
Queime tudo para que nada mais reste
Para que a fonte não renasça
Se você estiver me enganando
Derreta tudo junto com você

Dialogo com meu companheiro vermelho

Querido amigo, saibas que adoro tê-lo presente. Em mim. Em meu peito. Desculpa se és enganado pela visão, se és machucado pelos ouvidos, se és atormentado pelo cheiro e acelerado pelo toque; pois saiba que quem os comanda, as vezes se esquece que você existe, mesmo sendo você quem o da vida. Desculpe-me também por não deixa-lo livre como deveria, faço isso na boa intenção de que nada de mal possa lhe perturbar, mesmo sabendo que nada muito bom, também não possa entrar. Perdão por ter te usado como uma cobaia e ter lhe feito mau, só fiz o que achei que fosse necessário fazer. Sinto muito por não deixar você falar tudo o que quer, as condições não me deixam e outros como você são mais frágeis e sensíveis; deves entender, pois se é ruim eu mexer com você, imagina com  o de outra pessoa. E outros, secos e frios, que pelo mesmo motivo atrás não deveriam ser deste modo e fazer essas coisas, mas fazem. Agradeço por tudo que faz por mim. Obrigado. A propósito... se quiser falar um pouco agora, tudo bem.

"- Agradeço a oportunidade, saiba que são poucos que permitem que expresse-me. Mesmo aqueles que dizem-se poetas. Gostaria de dizer que adorei o que disse, e que suas boas intenções comigo não foram suficientes. Pois é, parece que alguém conseguiu despista-lo e entrou pela segurança. Ela esta muito bem aqui, se acomodou muito bem, apesar de ter quase saído por um abalo sísmico, se é que me entende. Parece estar se adaptando bem e gosto bastante dela. Ela não sabe onde esta, ainda não contei ela não se preocupe. Como você não me deixa dizer muitas coisas talvez devesse descreve-la um pouco, para você conhecer melhor. Não, você pode até conhece-lá visivelmente, mas não a conheces tanto quanto eu. Tenho muitos convidados e convidadas, e muitos hóspedes, mas ela é a unica que contagia a todos quando sorri. Não me admira ter atravessado os vigias, na verdade, deve ter passado muito fácil por eles. Esta sempre de bom humor, alias, isso é algo que não parece mudar, talvez ai encima sim, mas aqui dentro ela quase não para. Possuidora de grande beleza, tanto por dentro quanto por fora, alegra por onde passa. Devia ver o que fez com os salões cheio de poeira, limpou tudo. E acendeu todas as velas daqui. Olhe, pode esquecer se pretendes expulsa-la, isso não irá acontecer. Porque, parece que ela virou a dona daqui, sabe? Não sei ao certo te dizer. Talvez seja porque tens medo que algo ruim ou algo possa acontecer e ela saia, seria isso? Pois não vejo motivos para que isso aconteça, conseguistes quebrar um dogma e aprender uma valorosa lição e manteve-a aqui, e aprendeu muitas  outras que não percebeu. Enfim, saiba que sinto-me muito bem nesse exato momento, podendo soltar isso. Contudo, não quero abusar de sua boa vontade. Agradeço a chance que me deu e gostaria de desfruta-la mais vezes, se possível. Obrigado"

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Bruxo da existência

Ouçam o que lhes tenho pra contar.
Pois raras são as pessoas
que irão acreditar.
Num mundo enfermo
Assim como o nosso
Onde o principal é o lucro
assim como o negócio.
Não só vivem de escuridão
Aqueles que o povoam.
Há de se conhecer pessoas
que possuam sua própria luz
Iluminando o caminho do próximo
e que brilhando nos conduz...
Para lugares distintos
E formas de pensamento diferentes
Ampliando os extintos
E transformando nossas mentes
Clareando o trajeto
Explicando o universo,
Definindo dimensões
Exemplificando as lições.
Suas relíquias e suas jóias
Nada mais são...
Do que felicidade e alegria
que por onde passam
Com um belo sorriso nos contagia.
Peças incomuns
No nosso cotidiano
De gente que só vê desgraça
E um cenário sob-humano.
Que vivem para fofocar.
mal dizendo da vida dos outros.
Sem ao menos  se levantar
do sofá e do seu conforto.
Enxergam somente o próprio nariz
e crêem que estão com tudo
quando avaliam a vida que tem
ficam com raiva do mundo.
Extravasam sem se importar
Achando que estão aproveitando a vida.
Como se nao tivesse nada
que pudessem fazer para mudar.

Mesmo sabendo que errado
Bebem e gastam adoidado
Cavam a própria cova
Reclamam como crianças

Vivem desiludindo-se
e sonhos só na lembranças
De uma vida que quis ter
Mas que foi incapaz de atingir
e mesmo nesse estado
não conseguem se decidir
Se acreditam no abstrato
ou continuam na mesmice
amaldiçoando tudo e todos
e permanecendo infelizes.
Sorte daquelas
que um dia encontrou um bruxo
e que desse episódio
passam rápidos e longe como vultos
Que aprendem com eles
a transformar a realidade
pois não a magia melhor
do que se transformar num personagem
e distribuir felicidade
como um eterno palhaço
que quer tirar o sorriso
das crianças de meia idade
que perderam sua inocência
a corda que dá graça a vida
e que cada vez mais cedo
estão se tornando perdida.
Transmutando momentos
Criando novas porções
Enfeitiçando elementos
Um bruxo dos corações.

sábado, 2 de abril de 2011

O passáro, a semente e o cadiado

Eu já o tinha fechado e por muito tempo quis jogar sua chave fora, mas não o consegui.
Porém fechado ele não poderia me ferir, e era preferível que ficasse assim.
A chave? Já não sabia mais onde estava e contente estava com isso.
Mas um dia, um passarinho pousou no cadeado.
Eu não tinha visto que ele trazia uma semente.
E depois que saiu a deixou lá.
Muito tempo se passou e ela permaneceu.
Mas diferente da tempestade que destrói, a chuva a fazia crescer.
Foi ganhando formato, crescendo e se expandido.
Ela o incorporou.
E assim, como um simples toque de mágica.
Um dia, ela o destrancou.
Sua força era maior do que a fechadura.
E mesmo que ainda tivesse a chave, não poderia trancá-lo de novo.
E eu sabia que não deveria fazer nada.
Pois se ela havia sido capaz de quebra-lo...
não seria com minha força que a tiraria dali.
E como das outras vezes...
Só me resta esperar que um dia ela morra.
Pois sei que dificilmente algum dia ela a de ser regada por alguém.
E eu sou péssimo com plantas e flores.
Talvez se a chuva cessasse ela morresse mais rápido.
Mas nem isso eu controlo.
É natural e não pode ser contida.
Pois cada vez mais se formam nuvens lá encima...
E uma hora elas precisam voltar de onde vieram.
A volta é dolorida, mas depois tudo fica mais claro.

"E aquilo que deveria destruir, cai onde não deveria descer.
Reabastece o que não deveria surgir, e da vida ao que não deveria nascer.
E tudo culpa do pássaro atrevido.
Que fuçou onde não devia.
Brincou com o que era proibido.
E deixou o rastro de onde andaria.
Tudo na maior inocência.
Que pelo mesmo motivo.
Fui atraido
Com tanta displicência.
E de minha dor se alimenta.
Essa querida semente que a tanto não queria.
Por causa de um pássaro
Que quis fazer folia.
E agora estou preso
A essa grade da natureza
Que espera que além de mim.
Outra pessoa a enriqueça...
Com carinho e paixão
Pois só assim ocorrerá a transformação.
Mas sei que isso é quase impossível.
E choro novamente.
A chuva volta terrível
E o ciclo se renova constantemente."

domingo, 27 de março de 2011

Paródia de Conscientização...

Na oitava série, criamos uma peça de teatro e um coral com o tema "Aquecimento Global", acho válido conferir a paródia produzida por Alexandre, Édson, Janison, Maria Lidiane, Wallas, e outros que não me lembro mas que contribuiriam para fazê-la.

Tranformação


Transformação, é isso que o povo quer...
Um alívio pra nossa nação, não de chance a poluição
 Preciso sair dessa, dessa de destruição
 Pois quem só que me fazer o bem, não faz mau para nossa nação
 É tão ruim, quando penso em nossa gente
 Que a camada de ozônio
 um dia pode acabar.
 Dói demais, só quem sofre, sabe sente.
 O que será da nossa gente, se um dia ela acabar?
 Sempre mais, poluição aumentará
 Sempre mais, doenças vão se agravar...
 Ou será, que vai sobrar mais um pouquinho
 Se não for, planeta terra explodirá
 Mas o calor.... as vezes só machuca a gente
 Não sei... sem a camada o que será da gente
 O calor... as vezes só machuca a agente
 Não sei... sem a camada o que será da gente.
 Transformação...

Música original: Coração - Rapazzola, Caso queiram conferir...


quinta-feira, 24 de março de 2011

Fantasy of Love - O Encontro(parte 1)

Cristina e sua amiga esperavam ser atendidas em sua respectiva mesa do restaurante. Como de costume, escolhiam sempre o mesmo prato, então não era necessário olhar o menu pois já eram consideradas clientes da casa e tinha os seus pedidos gravados.

Desde que entraram no restaurante Amy havia reparado que havia um homem elegante, sozinho, próximo a mesa delas. Assim que chegou o almoço trataram logo de comer, sem cerimônias.

- Cris, olha só que lindo! - Amy dizia de boca cheia. Não tinha muita ética, e nem mesmo educação.

- Quem? - Enquanto isso Cristina mordia a perna de frango, segurando-o com mão e arrancando um pedaço. Também não tinha muita educação...

- Cris, credo! Da pra pelo menos comer direito, vai fazer eu passar vergonha! - deu um suspiro de raiva. - As vezes esqueço que você não liga para o que as pessoas pensam e faz o que bem entende, mas nem todos são assim!

- Ah! Deixe de ser chata!

- Chata eu? Veja só quem esta comendo como pedreiro...

- E que mau tem nisso? Estou com fome, agora vou ficar judiando de minha barriga que ronca, enquanto tento cortar um pedaço com esses talheres que mau cortam uma salada!

- Você as vezes chega a me assustar com isso... deve ser por isso que você é...

- Gorda? Fofinha? Não ligo, enquanto eu tiver numa medida que não prejudique minha saúde, pra mim pouco me importa.

- Está bem, esta bem... mas você já reparou no cara que tá do nosso lado? Não seria bom emagrecer pra impressiona-lo?

- Não quero impressionar ninguém, Amy... Estou bem assim...

- Credo! Vai morrer encalhada assim... olha lá o moço, coitado... deve ter levado um bolo, estar morrendo de raiva e ainda tem que ficar sem companhia... me dá uma pena...

- Por quê você não vai lá?

- Olha, se você continuar assim eu vou mesmo!

- Mas é melhor correr, antes que eu comece a devorar esse milho e você se estresse de novo...

Amy levantou-se com cara de cética pela atitude da amiga, deixou a bolsa e foi até o banheiro para arrumar o cabelo e voltar "com tudo"(como dizia ela), e ir na mesa do senhor abandonado. Zack ouvira quase toda a conversa, não estava esperando ninguém e comia devagar porque sua atenção estava no que elas estavam dizendo. Quando ouviu que a amiga de Cris iria ir até a mesa,  disse para si mesmo que não haveria oportunidade melhor que essa.

Quando Amy saiu Zack ainda a esperava. Ela dirigiu-se até a mesa do rapaz, sentou-se e com toda a cara-de-pau perguntou.

- Por acaso este lugar estava reservado? Agora não estará mais, pois a sua companhia chegou.

Internamente Zack ria. - " Além de ser muito bonita é ousada. Me pergunto quantos caras já lhe deram um fora... pra eles deve ser quase irresistível". Mas seu alvo já era bem definido havia tempos.

- Você tem razão, e eu estava esperando você.

Amy só não deu um pulo de alegria, porque isso atrairia a atenção de todo mundo e poderia espantar o rapaz, porém sabia que era improvável o que ele tinha dito, então supôs que era uma nova cantada que ela ainda não tinha presenciado.

- Me esperando? Vai me dizer que você não levou um bolo, nem nada... veio aqui e ficou aguardando todo esse tempo, esperando que eu viesse aqui falar com você?! Pra um cara elegante como você, mentira não parece ser seu forte. - estava tentando intimida-lo, domar a presa antes que o oposto acontecesse.

- Nem uma coisa, nem outra. Eu tenho um encontro marcado, mas não definimos o horário, nem o local. E a pessoa também não sabe que teremos este encontro. Você simplesmente encaixou-se nesse perfil! - confundi-la apresentando uma outra perspectiva do que havia dito, isso a faria perder um pouco a marra.

- Quer dizer que há uma mulher por ai que não sabe que irá se encontrar com você? - Procurou alguém que estivesse vindo a mesa, mas todos permaneciam sentados. - Acho que agora ela não terá esse encontro mesmo.

- E eu estou a apreciar muito sua companhia... - Ele se sentia numa espécie de jogo de xadrez: apesar de seu inimigo sacrificar suas peças na esperança de que os capturassem, ele mantinha aguarda e planejava um jogada para dar o xeque-mate. - Mas reparei que você a pouco tempo estava com alguém, seria indelicadeza de minha parte roubar sua atenção, enquanto deixa sua amiga sozinha.

- Pois quer saber? Foi ela quem me pediu para vir até aqui. Estava me fazendo passar vergonha... olhe só, parece um animal faminto devorando sua carnificina. - Agora as peças estavam se movendo do jeito que ele queria.

Enquanto isso Cris comia sem se dar conta de que estavam comentando sobre ela. Ela parecia estar provando do mais delicioso prato tamanho era o prazer que sentia ao engolir o almoço. Era como se ela não comesse havia dias. Sua falta de interesse em como a amiga havia se saído também era um espanto para Amy.

- Que interessante... - Havia jogada Cris para a converssa, esse era o primeiro passo de sua estratégia, que foi completado com sucesso.- Há quanto tempo vocês se conhecem?

- Pouco mais de um ano, mas porque quer saber?

- Nada não, só fiquei curioso. - Ele conhecia Cristina há muito mais tempo que ela. - Poderia chama-la, assim ninguém ficaria sozinho... o que acha? - colocou Amy em "xeque".

- Que foi, não esta gostando de minha companhia? Ela vai ficar bem, não se preocupe. - Mas apesar da ingenuidade do plano de Zack, saiu muito bem dessa enrascada.

Zack agora se via num jogo de cartas. Ainda não era a hora para bota-las na mesa, mas precisava tirar uma da manga o mais rápido possível, pois o tempo ia diminuindo cada vez mais.

- Não. Já disse que sua companhia me é agradável. - Ele havia entregado uma carta que ela tanto queria e também havia evitado insistir recuando seu ataque quase por completo para que ela não suspeitasse de nada

- Onde estávamos mesmo? Ah sim... Sabia que havia reparado em você desde que chegamos?

Ele fingiu engolir em seco, como se fosse uma surpresa. E perguntou como se não tivesse escutado a conversa delas.

- Haviam?

- Que dizer, eu tinha. Minha amiga é meio aérea sabe? Parece não ligar muito pra esse tipo de coisa.

- Está brincando?! Nesse tempo todo que vocês se conhecem, nunca sairam juntas para paquerar ou serem paqueradas? - Ele podia ter exagerado no impressionismo, mas ele sabia que isso daria a entender de que estava gostando do rumo que a conversa estava tomando e do interesse nela. Claro que o intuito dele era saber mais sobre a Cris do que da pessoa que estava em sua frente.

E apesar dela ter se assustado um pouco com a reação dele, ficou empolgada. Caira perfeitamente no jogo psicológico de Zack.

- Você acredita que não? Eu tentei chama-la algumas vezes, mas ela prefere ficar em casa do que sair... Disse que iria morrer encalhada assim e ela deu de ombros... Olha só, além de não sair, come o que bem entende e não se preocupa com a estética, desse jeito ela nunca vai conseguir arranjar um homem.

- E você deve arrumar só homem que não presta - pensou Zack. A beleza da garota deveria ser que nem o cheiro de uma criatura morta para os urubus. Acontece que os urubus tem o corpo grande e a cabeça pequena, o que simbolizaria exatamente os tipo de garotos e homens que se comportam como tal animais; somente pelo extinto. - Você não deveria falar mau dela, é uma bela moça.

- Você só esta sendo gentil.

- Não, é verdade. Acho ela muito bonita, assim como você. - Ele tinha que comentar dela também para não parecer que estava interessado em Cris, ainda não era o momento. - Gostaria de conhece-lá também, acho que poderia lhe apresentar alguém e poderíamos combinar os quatro de sair algum dia. Não seria interessante? - Agora o jogo estava em suas mãos.

- É, a um bom tempo tendo arranjar alguém, mas ela dificilmente gosta de alguém. Não tenho nada a perder.

- Então fazemos assim: me dê seu telefone e agente combina de sair para um lugar mais reservado. - Sabia que pela moça estar interessada, ela aceitaria sua proposta.

- Esta bem. - Ela mau acreditava, considerava que já o tinha fisgado e que havia conquistado mais um grande partido para a sua lista de ficantes. Os dois repassaram os números.

- Mas, se me permite, gostaria de conhece-la um pouco antes de apresentar ao meu amigo, será que poderia conversar com ela a sós um pouco? - Amy sobre o efeito, a alegria que estampava no rosto, dificilmente negaria um pedido dele agora. Pois já havia conseguido o que queria.

- Claro, sem problema. Irei chama-la, espere só um minuto.

Foi até a mesa que Cris estava e a convenceu com relutância a ir até a mesa de Zack. Foi com ela até ele e se despediu.

- Cris, esse é o...

- Zack, encantado em conhece-la - Cumprimentou Cris com um beijo em sua mão. - E até mais Amy, te ligo assim que tiver um tempo.

Amy estranhou, mas ele se despediria de Amy da mesma forma para ela entender que além de educado também era cavalheiro. O gesto a deixou sem palavras.

- Te encontro lá na loja Cris, beijos para os dois e até mais tarde.

Finalmente Zack estava frente a frente com sua escolhida, apenas como pessoas normais que acabaram de se encontrar.





Fantasy of Love - Capítulo 5: O encontro(parte 1)



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