terça-feira, 21 de junho de 2011

Fantasy of Love - O Encontro(parte 2)

Amy saiu, enquanto isso Zack encarava Cris, que aparentava estar muito tranquila.

- A senhorita me acompanharia na sobremesa? - Zack perguntou com receio, pois frente a frente a quem ele realmente idolatrava era quase impossível manter-se normal.

- Não, obrigado. Não quero abusar de sua boa vontade. Uma aguá só e está bem. - Cristina falava normalmente, não esboçando alegria ou tristeza, o que dificultava Zack decifrá-la. Mas sentia algo estranho em sua presença. - Então, o que quer saber sobre mim?

Zack ficou intrigado. Poucas pessoas gostam de falar sobre sua vida ou pessoa com estranhos, pois dizem que "Não devem satisfação a ninguém". Que para Zack, só era mais uma obra do orgulho e individualismo. Entretanto, oferecer-se de bandeja para a outra pessoa dessa forma, era características de pessoas que não tem medo do que fez na vida ou de si.

- Bem, serei sincero com você pois o que está em jogo requer isso. - Agora ele estava atento nas expressões dela, já que havia criado esse suspense propositalmente. Ela só mantinha a atenção no que ele dizia e bebendo sua aguá. O que deixava Zack ainda mais curioso para saber o que se passava em sua cabeça. - Eu gostei da sua amiga, mas não era ela que eu estava esperando. Desde o início eu havia reparado somente em ti. E criei essa história para que ela me trouxesse você até aqui. Pois jamais faria se soubesse minhas verdadeiras intenções, já que estava interessada em mim.

- Então você mentiu para ela? - Para Cris, se ele estava realmente interessado nela, havia começado muito mau se ele houvesse feito isso.

- Não. Não deixei nada concreto, apenas disse que telefonaria para ela para nos encontrar em um lugar mais reservado, só esqueci de mencionar que era um cinema. Creio que ela deve ter entendido outra coisa, e foi essa minha intenção para conseguir convence-la a trazer você até aqui sem hesitações. E de que poderíamos marcar um encontro a quatro. Mas, novamente, não dei garantia alguma.

- Compreendo. Quer dizer que você manipula as pessoas ao seu favor para que façam o que você quer. Você é  psicólogo? - Zack estava nervoso com essa observação, mas se ela estava disposta a dizer o que for sobre sua vida, ele também deveria estar disposto. Seria uma troca equivalente.

- Eu pensei que eu faria as perguntas - disse com sarcasmo e rindo. Cristina sorriu. - Sim, sou psicólogo formado. Trabalho na área. Mas não sou um manipulador de pessoas. Como havia dito, desde o início eu queria conversar com você, tive de fazer isso pois foi necessário. Se eu fosse mau-educado com ela ou a rejeitasse imediatamente, estaria perdendo uma grande oportunidade de te conhecer.

Cristina estava achando aquilo cada vez mais divertido. O sentimento de calma e paz que ele transmitia era equivalentes ao dela e isso tornava o ambiente muito aconchegante. E tudo que ele havia feito somente para conhecê-la demonstrava a importância que ele tinha para com ela. No fundo aquilo deixava-a com ar de especial perante o moço que estava acompanhada. Outro motivo óbvio também mantinha ela ali: para ela, ele era lindo.

Zack sabia que apesar de ter contado o que havia feito naquela dia para se aproximar dela, não era uma boa hora para dizer sobre as outras coisinhas que ele havia feito.

- Bem, já que o senhor me parece estar sendo sincero. Algo que aprecio muito. Creio que seja sua vez de fazer a pergunta. - Ela também estava querendo jogar. Saber qual a primeira coisa que o seu fã gostaria de saber sobre ela.

- Na verdade, não gostaria de saber agora. - até porque, ele já sabia muita coisa. - Gostaria de convida-la para um passeio ao ar livre amanhã. Sei que está acabando o horário de seu intervalo, e não pretendo ser o culpado de seu atraso. - Só depois desse comentário que ela se lembrou de que ainda estava no expediente. Havia se esquecido de tão concentrada que estava.

- É mesmo. Bem, não costumo sair muito. Ainda mais com estranhos. Irei passar meu telefone, mais tarde me ligue e conversamos mais um pouco. Deves entender minha preocupação...

- Perfeitamente. Farei como você preferir ou desejar. - Ele esboçava um sorriso o tempo inteiro. Estava contente por finalmente ter conseguido essa aproximação. E ela estava sorridente também, pois jamais havia conhecido alguém tão interessante quanto ele aparetava, e tão interessado nela.

Os dois se despediram e partiram. Esse era o dia que marcava algo que ambos, e principalmente ela, ficaria para sempre em sua memória.






Fantasy of Love - Capítulo 6: O encontro(parte 2)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sonhos mal resolvidos(Auto-aprimoramento)

Durmo querendo esquecer
Na cama começo a me rebater.
Dessa vez isso não vai me vencer.

O sono demora a chegar.
Meu desejo é apenas me acalmar,
Fechar os olhos e sonhar.

As vezes parece ter vida própria.
Eu ordeno que você adormeça
E pare com isso antes que eu enlouqueça.

Acordo desesperado.
Quando foi que eu adormeci?
Meu corpo deve ter cansado
Da luta que travei aqui.

Minha mente e ele atormentados
Por algo que vi e não devia ter visto.
Flashbacks que devem ser apagados.

Porém o rei estava acordado,
Mesmo quando estou desmaiado.
E um pedaço me permitiu lembrar,
Quando eu fosse acordar.

Das cenas que presenciei
Mistura com tudo que já vi
E dos medos que possuo
E que ainda não resolvi.

Sinal de que preciso acabar com eles
Se tudo é parte de mim
No meu sub-consciente devo mexer
E nisso dar um fim.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Anjo caído



Todos esses anos
pareceram uma eternidade.
Enquanto seu coração
estava sendo corrompido pela maldade.

Suas penas caiam, 
suas lágrimas derretiam as nuvens aos poucos
E eles ainda tinham a coragem de perguntar
 "Onde está aquele anjo? aquele anjo bondoso?"

Demônios disfarçados de santo
Derrubavam lhe com palavras e ações
Na queda a asa se despedaçou.
A ira do céu ecoou  trovões

Chorou como nunca ao perceber
Que lá de cima, as nuvens se afastavam.
Plumas caiam junto com os raios.
Um anjo machucado, começou a descer.

A gravidade o virava do avesso
As asas quebravam-se pelo efeito.
No chão, todo mundo observava
Uma estrela caindo, e achavam a maior graça.

Religiosos impressionados.
- "Um milagre acaba de acontecer!"
Céticos ficavam admirados
- "Ainda bem que estou vivo para crer!"

Mal sabiam o que era, e o que aquele anjo 
passou e estava passando.

Não se importavam,
pois só enxergavam
o que viam ou queriam ver.

O impacto enorme, causou um pequeno terremoto.
Pessoas se abalaram e passaram a temer.
"E se outra estrela maior caísse? nós não iríamos sobreviver"

E enquanto seu ego as consumia.
O anjo que havia caído, por pouco não morria
E assustado estava com o que esta prestes a vivenciar.
Um mundo cheio de monstros, com seres prestes a se matar
Para conquistar algo que jamais irão usar
Para conseguir o  que sempre costumam desejar.

Seria melhor o anjo voltar?
para onde nunca devia ter saído?
Mas sem antes aprender a lidar e combater os inimigos.

Os demônios que o perseguem, 
como urubus esperando a hora.
Não estão apenas lá fora.

Reencontre suas penas
Concerte as suas asas.
Bata e tire as sujeiras.

Espere fechar, reveja o que pode ser feito.
Cure a ferida e apague a cicatriz.
Ajude outros e monte um exército.
Com isso ficará mais feliz.
E terá mais gente para procurar
Aquelas plumas que caíram em algum lugar
Fora do alcance da visão
Pois os olhos não podem ver.
Aquilo que é essencial ao coração.

Com esse novo par branco transcendental 
O céu não será mais um limite, mas um portal
E os demônios de fora que aguentem, 
pois irão ter que suportar...
O anjo caído, que voltou de lá de baixo para lutar. 

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